Em entrevista, o oncologista do Hospital Beatriz Ângelo destaca a importância da deteção precoce deste tipo de cancro, de modo a "potenciar as possibilidades de cura" e lamenta que o reduzido número de doentes torne Portugal pouco atrativo para a realização de estudos clínicos.
Que benefícios traria a implementação de um rastreio de base populacional ao cancro do pulmão em Portugal? O diretor do Serviço de Pneumologia do Hospital de São João explica isso mesmo ao SaúdeOnline.
"As metástases cerebrais são a principal causa de morbilidade e mortalidade associada ao cancro", sublinha a equipa de investigadores.
Para além da doença metastática, o abemaciclib está agora também indicado no tratamento adjuvante em doentes de alto risco. Trata-se de “uma das mudanças mais importantes na prática clínica em 2022”, refere, em entrevista, o oncologista Rui Dinis, do Hospital de Évora.
"É desumano não conseguimos dar uma resposta atempada às pessoas que têm uma doença que pode ser altamente fatal”, alerta o diretor do Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria.
"Os rastreios [para diagnosticar a doença numa fase mais precoce] devem ser retomados em grande escala”, defende a diretora clínica do IPO do Porto.
Em Portugal, são registados entre 300 e 500 novos casos por ano. Em entrevista, o médico interno de Hematologia José Guilherme Freitas destaca a importância dos "avanços terapêuticos".
No estudo ARASENS, que avaliou a combinação de darolutamida em combinação com docetaxel e terapêutica de privação androgénica, verificou-se uma redução de 32% no risco de morte, sublinha o oncologista do Hospital de Santa Maria.
Em entrevista, o radiologista do IPO de Lisboa e presidente da Sociedade Portuguesa de Senologia sublinha o aumento do fluxo de doentes no primeiro trimestre deste ano - muitos já com doença avançada – e admite dificuldades dos serviços para darem uma resposta “adequada e atempada”.
Numa altura em que cada vez mais se discute a importância da medicina de precisão, os testes moleculares são sem qualquer dúvida uma importante ferramenta de auxílio na escolha da melhor terapêutica para os doentes com estadios avançados de Cancro do Pulmão de Não Pequenas Células. Contudo, “a determinação de biomarcadores nesta patologia ainda não faz parte da rotina em alguns centros nacionais, alerta em entrevista, Luís Cirnes, técnico coordenador do laboratório de Patologia Molecular do IPATIMUP.
