Doentes psiquiátricos vão começar a ser transferidos para unidades na comunidade
Processo tem de avançar "de forma consistente", defende o coordenador nacional para a Saúde Mental, à semelhança do que fazem há anos outros países.
Processo tem de avançar "de forma consistente", defende o coordenador nacional para a Saúde Mental, à semelhança do que fazem há anos outros países.
Esta situação “preocupa-nos e é importante tomar medidas para ajudar a população", realça o presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental.
A pandemia vai continuar a causar sofrimento e os problemas psicológicos permanecerão durante muito tempo, alerta o coordenador do gabinete de crise covid-19 da Ordem dos Psicólogos Portugueses.
A psiquiatra do Hospital de Beja alerta para impacto enorme que este “ato sem retorno” tem nos sobreviventes, isto é, na família, amigos, colegas de trabalho.
A pandemia “causou um desequilíbrio no funcionamento dos indivíduos”, diz a diretora clínica da instituição, Rosa Gonçalves.
São poucos os doentes que têm acesso a tratamentos tanto nos hospitais privados como públicos, sublinha o psiquiatra do Hospital Fernando Fonseca.
Em entrevista, a psiquiatra do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo e dirigente sindical defende o reforço do investimento nesta área e antevê que a procura pelas consultas de psiquiatria vá crescer ainda mais.
O psiquiatra defende que é altura de valorizar esta área, de forma a conduzir uma “reforma global a longo termo, modernizando o país neste assunto”.
Equipas a criar vão a casa das pessoas e funcionarão em articulação com os centros de saúde. Prevista também a construção de quatro unidades de internamento nos hospitais.
O psiquiatra Ricardo Gusmão aponta vários grupos de risco futuro, como doentes que estiveram internados, idosos, pessoas que testemunharam a morte de familiares e até profissionais de saúde.