Diretor de Medicina Intensiva do São João: “Não queremos ter de priorizar entre dois doentes críticos”
O médico intensivista José Artur Paiva afasta, para já, um "cenário de catástrofe" mas alerta que "nenhuma resposta é infinita".
O médico intensivista José Artur Paiva afasta, para já, um "cenário de catástrofe" mas alerta que "nenhuma resposta é infinita".
No último dia a fazer urgência, depois de dez anos a chefiar a equipa do Santo António, o presidente da SPMI critica também a "misturada que existe em Portugal, em que os médicos saltitam entre o público e o privado".
Na 26ª. edição, os temas a destacar são "a Covid-19, que este ano ocupa duas mesas do Congresso, a insuficiência cardíaca, a diabetes e a formação em medicina interna", refere o presidente do Congresso.
"A infeção por COVID-19 é um fator de risco para TEV (tromboembolismo venoso)", esclarece a médica e coordenadora do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Pulmonar, que promove hoje um webinar sobre o tema.
Dexametasona só deve ser utilizada em pacientes graves e não "em outras situações, pois não evita a doença", esclarece o médico reumatologista e Presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia.
Sobre a crescente resistência aos antibióticos, o intensivista do Hospital Lusíadas Porto, Presidente do GIS e Secretário-Geral da SPCI diz que "deverá ser dado ênfase ao diagnóstico microbiológico, ou seja, à identificação do microorganismo causador da infeção, aspeto fundamental para limitar a utilização de antibióticos de espectro alargado".
Cirurgia à válvula aórtica ou ao túnel cárpico, ou insuficiência cardíaca com hipertrofia cardíaca, são sinais de alerta para os médicos, como explica a cardiologista do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte e Professora de Cardiologia da Faculdade de Medicina de Lisboa. EMA já aprovou o primeiro tratamento para miocardiopatia por amiloidose associada à transtirretina.
São temas a abordar hoje, no arranque da 1ª edição do Congresso Virtual Acute Care. Inscrições estão abertas. A escassez de recursos humanos e a reconversão do anestesiologista num médico responsável por todo o fluxo do doente são outros desafios sublinhados, em entrevista, por Vítor Pinho Oliveira, médico anestesiologista do C.H. Tondela-Viseu e Hospital CUF Viseu.
Embora raras, as quatro formas Porfírias Hepáticas Agudas podem evoluir para um quadro grave, obrigando ao transplante hepático, explica o médico internista Luís Brito Avô, coordenador do Núcleo de Estudos de Doenças Raras da Sociedade Portuguesa da Medicina Interna.
A ventilação mecânica deve ser “muito ponderada” porque causa lesões, elevada morbilidade e mortalidade, alerta o diretor de Serviço da Medicina Intensiva do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental.