SIM chega a acordo com Governo e FNAM abandona reunião

Segundo o dirigente sindical do SIM, o acordo ” intercalar” representa um aumento de 400 euros para todos os médicos. Em comunicado, o Ministério da Saúde informa que “os assistentes hospitalares com horário de 40 horas terão um aumento de 14,6%, os assistentes graduados de 12,9% e os assistentes graduados sénior de 10,9%”. E acrescenta que “modelo similar será aplicado a cada uma das carreiras médicas”.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) não assinou o acordo, tendo mesmo abandonado a reunião mais cedo, considerando que o Governo foi “inflexível” às propostas apresentadas. A dirigente Joana Bordalo e Sá disse aos jornalistas, à saída da reunião, que “é um mau acordo para os médicos”.

Defendendo 30% de subida do salário para todos os médicos, referiu que a FNAM baixou a proposta para 22%, 23%. Todavia, o Governo manteve um aumento de 15% “discricionário” em função das diferentes tipologias de médicos.

Sobre os salários – a pedra toque destas negociações que duram há 18 meses entre FNAM, Sindicato Independente dos Médicos e Governo – Joana Bordalo e Sá assume ter reivindicado uma subida de 30% para os ordenados dos médicos, tendo “baixado” a negociação “para os 22%,23%”.

“A FNAM não pode ser responsável por um acordo que faz com que os médicos saiam do SNS e que os novos não médicos não fiquem”, concluiu.

Para Roque da Cunha, as reivindicações da FNAM eram “maximalistas” e, embora reconhecendo que o aumento não é o ideal, diz que o sentido “de responsabilidade” falou mais alto. “O aumento na Função Pública será de 3%” e o dos médicos ficará na ordem dos 15%.”

Roque da Cunha garantiu, contudo, que voltará a lutar por melhores condições para os médicos na próxima legislatura.

Estes aumentos entram em vigor já em janeiro de 2024.

MJG/LUSA

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