29 Abr, 2024

Banco de Leite Humano do Norte já alimentou 100 bebés prematuros

O Banco de Leite Humano do Norte (BLHN), que se situa no Hospital Universitário de São João, no Porto, já permitiu alimentar 100 bebés prematuros do Norte do país. Com cerca de 395 litros de leite humano recebido, o Banco conseguiu chegar a todos os recém-nascidos em situação de risco, abrangendo todos os hospitais do SNS na região.

Henrique Soares, diretor do serviço de Neonatologia do São João, explica que “estes 100 bebés, que beneficiaram das imensas vantagens deste ‘ouro líquido’, estiveram hospitalizados em diversas instituições de saúde do Norte do país, tendo, assim, sido plenamente cumprido o desígnio do BLHN de proporcionar este alimento único a todos os bebés que dele beneficiem, independentemente da instituição hospitalar da região Norte onde se encontrem hospitalizados.”

O BLHN já facultou leite humano de dadora pasteurizado a recém-nascidos admitidos nas Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais da ULS Matosinhos, da ULS Santo António – Centro Materno-Infantil do Norte, da ULS Gaia/Espinho, da ULS Tâmega e Sousa, da ULS Alto Ave e da ULS Trás-os-Montes e Alto Douro, além da própria Unidade de Cuidados Intensivos de Neonatologia da ULS São João.

“Cumpre, na celebração deste marco, reconhecer a dedicação de uma equipa muito motivada que tornou este feito possível e, acima de tudo, homenagear as dadoras que têm honrado esta equipa, pela confiança que nela depositam ao lhe confiar esse bem precioso que é o seu leite”, acrescenta o responsável.

Uma vez que apenas uma em cada três mães de bebés extremamente prematuros consegue manter a lactação suficiente para satisfazer as necessidades do bebé, os restantes lactentes beneficiam da ingestão de leite humano de dadoras. O leite humano de dadora pasteurizado é totalmente adequado às necessidades nutricionais específicas dos bebés prematuros, com comprovada eficiência na progressão alimentar e na diminuição de complicações digestivas graves e de infeções.

Estas dadoras têm o apoio de uma equipa de profissionais que as orientam no processo de extração, que ocorre nas suas próprias casas. Para ser elegível a dadora deve ser lactante, estar nos primeiros seis meses após o nascimento do seu bebé e apresentar leite excedente, de modo a que a doação não prejudique a amamentação do seu bebé.

 

CG

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