DGS exclui enfermeiros e secretários clínicos das equipas de saúde familiar
A associação nacional das Unidades de Saúde Familiares acusa a DGS de “desvalorizar o potencial” destes profissionais e de excluí-los durante a pandemia.
De acordo com um comunicado divulgado, a USF-AN considera que a DGS “tem insistido em desvalorizar o potencial e trabalho em equipa de saúde familiar (…) uma vez que apenas tem considerado os médicos para tarefas inerentes à vigilância e monitorização” da população suspeita ou contagiada pelo SARS-CoV-2.
A exclusão de “milhares de enfermeiros de família e secretários clínicos” que trabalharam nos Cuidados de Saúde Primários é “um erro de avaliação das sinergias”, prossegue a nota.
Por essa razão, esta associação pede à Direção-Geral da Saúde que corrija as diretrizes elaboradas “o mais brevemente possível”, de modo a que “os enfermeiros possam, legalmente, colaborar em todos os registos a realizar” na plataforma ‘Trace COVID-19 ‘.
A plataforma informática ‘Trace COVID-19’, desenvolvida pela DGS e pelos Serviço Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), permite apoiar os profissionais dos Cuidados de Saúde Primários, bem como a Saúde Pública, para realizarem registo detalhado de informação específica sobre os casos, respetivo rastreio de contactos, vigilância ativa e passiva e também acompanhamento clínico.
“Lamentamos que não seja (re)conhecido o potencial das equipas de proximidade e dos enfermeiros de família”, sublinha a USF-AN, acrescentando que “não é de todo entendível que num contexto de pandemia (…), sobrecarreguem um grupo profissional e subaproveitem outros altamente qualificados”.
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, adiantou, em 30 de Março, que já se tinham inscrito mais de 30.000 pessoas na plataforma ‘Trace COVID-19’.
SO/LUSA
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