Aprovados quase tantos medicamentos inovadores no primeiro semestre como em todo o ano de 2021

Nos primeiros seis meses do ano foram aprovados 42 medicamentos inovadores, quase tantos como em todo o ano passado, segundo noticia o jornal Público. De acordo com dados do Infarmed, no mesmo período receberam aprovação 109 genéricos e biossimilares.

Nos últimos cinco anos, 2019 foi o ano em que se verificou maior quantidade de medicamentos aprovados: 74. Em 2017 e em 2018 foram 60 e 40, respetivamente,  e no ano passado foram aprovados 54 fármacos inovadores. O ano 2020, por causa da pandemia, foram 40. Uma descida que se deveu à pandemia e ao foco na criação de vacinas para a covid-19.

As áreas mais beneficiadas são Oncologia, sistema cardiovascular, sistema nervoso central, Endocrinologia e anti-infeciosos. A autoridade do medicamente destaca ainda a aprovação de novos medicamentos para a esclerose múltipla, cancro da mama, cancro do pulmão, insuficiência cardíaca e fibrose quística.

Quanto ao tempo médio de avaliação, os pedidos de medicamentos inovadores são os que apresentam “maior complexidade”.

A entidade lembra ainda que existem vários mecanismos que permitem a utilização destes fármacos ainda não financiados “a quem deles realmente necessite”.

A despesa nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) continua assim a subir, tendo ascendido entre janeiro e maio deste ano a 719,3 milhões de euros, mais 12,1% em comparação com o período homólogo. No ano passado foram gastos 1558 milhões de euros, mais 11,4% do que em 2020.

Para este aumento da despesa conta, segundo o Infarmed, a “utilização de novos medicamentos com valor terapêutico acrescentado, mas com preços elevados”, assim como o aumento do número de unidades consumidas e os “medicamentos de efeitos prolongados no tempo de administração única e com custos elevados que ocorrem no momento da administração”.

SO/PÚBLICO