Doenças auto-imunes estão entre as principais causas de infertilidade em Portugal
O alerta é dado pela Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade), que frisa a necessidade de acompanhamento médico frequente.
Entre as causas mais comuns estão as doenças auto-imunes, como doenças gastrointestinais, e as doenças crónicas como a diabetes ou doenças cardiovasculares, alerta a APFertilidade.
Devido ao risco de hemorragia e trombose, as doenças cardiovasculares, da hemoglobina e relacionadas com a coagulação requerem um maior cuidado no tratamento hormonal da intertilidade. No caso de já estarem grávidas, é necessária uma maior vigilância durante o período de gestação e no decorrer do parto. “Descolamento da placenta e situações de parto prematuro são as mais comuns. Muitas vezes, responsáveis também por abortos de repetição. No caso dos homens, podem provocar dificuldades de ereção ou de ejaculação”, exemplifica a APFertilidade.
A Associação afirma que as doenças respiratórias também têm influência na fertilidade. “Doenças como sinusite crónica ou bronquite crónica, muito comuns entre a população portuguesa, impedem o movimento do embrião ao longo das trompas de falópio e em direção à cavidade uterina. A asma e as dificuldades respiratórias também influenciam o momento do parto, onde a respiração é fundamental”, salienta em comunicado.
No caso das doenças auto-imunes, os responsáveis são os anticorpos, uma vez que estes impedem a fecundação ou a implantação, podendo causar abortos de repetição por rejeição materno-fetal. São exemplos deste tipo de doenças a artrite reumatóide, a espondilite anquilosante ou lúpus.
“Além destas, também as doenças do trato intestinal, provocam, nos homens, a perda da qualidade do sémen e, nas mulheres, problemas associados à disfunção ovulatória e abortos de repetição. As doenças neurológicas (degenerativas) estão sobretudo associadas à perda da líbido tanto na mulher como no homem, e dificuldades de ereção e de ejaculação, na sequência da perda de capacidades associadas a estas doenças”, destaca a APFertilidade.
Também a deficiência mental impede, normalmente, o recurso a tratamentos de infertilidade. Esgotamentos nervosos ou depressões podem afetar o processo de gravidez.
SO/SF