5 Jan, 2023

Covid-19: OMS está a avaliar risco de nova subvariante viral que se propaga rapidamente

A subvariante XBB.1.5 da variante Ómicron é a "mais transmissível até agora", de acordo com a OMS, que acrescenta não se saber ainda se poderá aumentar o risco de doença grave.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou estar a avaliar o risco da nova subvariante XBB.1.5 do coronavírus da covid-19, que está a propagar-se rapidamente em vários países e pode ser mais transmissível. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse em videoconferência de imprensa que a organização “está a acompanhar de perto e a avaliar o risco” desta subvariante, que “se propaga rapidamente”, e “informará de acordo” com os novos dados que forem obtidos.

A subvariante XBB.1.5 da variante Ómicron do SARS-CoV-2 resulta de uma recombinação de duas sublinhagens BA.2 e já foi detetada em 29 países, incluindo Estados Unidos, onde já representa cerca de 40% dos casos de covid-19. Segundo o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Estados Unidos, esta subvariante “pode ser mais transmissível”, embora se desconheça ainda se terá efeitos “mais graves”.

A líder técnica da OMS na resposta à covid-19, Maria Van Kerkhove, foi mais longe e afirmou, na videoconferência de imprensa, citada pela agência AFP, que a XBB.1.5 “é a subvariante mais transmissível detetada até agora”. O Grupo Consultivo Técnico da OMS sobre a Evolução do Vírus SARS-CoV-2 mencionou, em comunicado, que está a avaliar o “aumento rápido da proporção” da subvariante nos Estados Unidos e noutros países.

Quanto a Portugal, o país terminou 2022 com um índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 próximo do limiar de 1,00 e com mais de 5,5 milhões de casos de infeção desde o início da pandemia, de acordo com o Instituto Ricardo Jorge (INSA). Segundo o relatório sobre a evolução do número de casos de covid-19 em Portugal, a 30 de dezembro o valor do Rt – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do coronavírus – estava nos 0,98 a nível nacional, depois dos 0,91 registados no dia 23.

Os dados do  INSA adiantam ainda que este indicador subiu em todas as regiões do país, mas apenas está acima do limiar de 1,00 nas regiões autónomas dos Açores (1,31) e da Madeira (1,43), o mais elevado do país. No Norte o Rt passou dos 0,96 para 0,97, no Centro de 0,91 para 0,94, em Lisboa e Vale do Tejo de 0,89 para 0,94, no Alentejo de 0,81 para 0,93 e no Algarve dos 0,80 para os 0,99. O relatório avança também que o número médio a cinco dias de infeções pelo vírus que provoca a covid-19 está nos 403 casos diários a nível nacional.

LUSA

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