O ministro da Saúde recusou hoje divulgar qual a nova proposta que vai apresentar aos sindicatos médicos na reunião agendada para quinta-feira, sublinhando que para haver acordo são precisas duas partes e que procurará fazer a sua.
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, vai reunir-se na próxima semana com os sindicatos do setor, revelou hoje o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
O ministro da Saúde admitiu hoje que existe o risco de algumas urgências fecharem devido à recusa dos médicos fazerem horas extras além das obrigatórias, mas assegurou estar a trabalhar para garantir o normal funcionamento destes serviços.
Em declarações prestadas, Manuel Pizarro disse não ter dúvidas relativamente ao aumento de fundos para o Orçamento da Saúde, mas sublinhou a necessidade de uma melhor gestão dos recursos disponíveis.
“Está por uma questão de dias ou de semanas, será muito brevemente ultimada essa publicação”, afirmou ontem aos jornalistas, no final de uma visita às obras de requalificação do centro de saúde de Seia, no distrito da Guarda.
O ministro da Saúde referiu-se a esta questão durante o debate do Estado da Nação, onde realçou também que o Governo tem apostado no Serviço Nacional de Saúde.
A posição surge depois de o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) ter revelado que só cerca de metade dos hospitais tem os planos de orçamento aprovados e que os que já têm ‘luz verde’ sofreram “cortes significativos” das Finanças.
Quanto ao facto de estarem convocadas novas greves, o ministro considerou "estranho" a realização das mesmas quando decorrem as negociações, dizendo, contudo, respeitar que os sindicatos não o considerem.
O ministro foi confrontado, no final de um dia no distrito de Beja, no âmbito da iniciativa Saúde Aberta, com palavras dos líderes do PSD e do Bloco de Esquerda sobre o caso de uma grávida que foi transferida, no domingo, do Hospital de Santa Maria para uma maternidade privada.
Segundo o ministro da Saúde, este órgão será composto por 40% de elementos inscritos na respetiva ordem, outros 40% oriundos das “instituições académicas que conduziram à formação das pessoas que estão inscritas na ordem” e os restantes 20% escolhidos entre personalidades de reconhecido mérito.
