Médico de família no privado é “cada vez mais uma opção”

João Sequeira Carlos é o diretor do Serviço de Medicina Geral e Familiar do Hospital Luz Lisboa. Em entrevista ao SaúdeOnline comenta o papel da MGF no setor privado, um dos temas do 40.º Encontro Nacional de MGF.

Os hospitais privados têm apostado, nos últimos tempos, em particular, na Medicina Geral e Familiar. Para João Sequeira Carlos, este passo é natural e vai ao encontro da liberdade de escolha. “É no setor privado que temos a verdadeira noção da liberdade de escolha. Deve-se ter cada vez mais uma perspetiva de sistema de saúde e não somente de SNS.”

O especialista critica inclusive o facto de “o SNS estar tão preso e até refém de preconceitos ideológicos que têm impedido uma expansão em pleno de um sistema de saúde inovador e com futuro em Portugal”.

As mais-valias de se ter médico de família fora do setor público são, nomeadamente, a interligação num mesmo espaço entre diferentes especialidades. “A coordenação de cuidados entre a nossa especialidade e as hospitalares in loco permite evitar autorreferenciações e otimizar a gestão integrada da doença crónica.” Como salienta, anteriormente, “muitas consultas de especialidades hospitalares estavam preenchidas com doentes que deviam ser acompanhados nos cuidados de saúde primários”.

Na opinião de João Sequeira Carlos, “Se no SNS, a MGF lidera o processo de coordenação de cuidados e é o primeiro contacto com o cidadão na prestação de cuidados de saúde, o mesmo deve acontecer no setor privado”.

SO

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