Secretária de Estado defende “SNS robusto, inclusivo e de grande qualidade”

A Secretária de Estado começou por realçar a importância dos especialistas em Medicina Geral e Familiar (MGF) na promoção da saúde da população. Mas, admitiu que, para tal, é preciso haver algumas mudanças. “Um dos grandes desafios atuais é a reconfiguração das unidades de saúde no âmbito dos cuidados de saúde primários.”

A governante defende que “o modelo de progressão entre níveis de unidades de saúde tem de ser alterado”, pois considera não “fazer sentido haver tantas diferenças entre unidades”.

“A reforma trouxe ganhos muito importantes, mas não nos podemos cristalizar. Muitos objetivos foram cumpridos. Contudo, há novos desafios que exigem novas abordagens. Revisitar a reforma é, sem dúvida, muito importante, para que possamos tornar o SNS robusto, inclusivo e de grande qualidade”, afirma Margarida Tavares.

A secretária de Estado diz ver a emigração dos médicos com “apreensão”, mas afirma: “Existem desafios e gostos pessoais que podem levar as pessoas a conhecer novos mundos e realidades. Obviamente, os médicos são necessários no SNS e, por isso, queremos criar condições de maior atratividade.”

Segundo refere, “a degradação dessas condições” está relacionada com a crise económica do início da década passada. “Afetou-nos muito e, quando estávamos a recuperar, surge a pandemia que desestruturou os cuidados de saúde. Mas, é possível recriá-los e tornar o SNS um lugar com as condições que os médicos desejam, para o exercício da sua tão nobre e importante profissão.”

A governante afirma que, para que tal, é preciso “pensar em conjunto com os profissionais e os dirigentes, ouvindo as suas visões, para encontrar a melhor forma, sem esquecer a sustentabilidade e a realidade que é o SNS”.

Margarida Tavares menciona, ainda, que “os médicos internos são o nosso futuro”: “Quero que fiquem connosco e que abracem com gosto a profissão.” A medicina tem grandes desafios, entre os quais, e de acordo com a secretária de estado, a “promoção da saúde”. “É preciso abordarmos as pessoas sãs, ou seja, antes da doença. Precisamos de mais recursos, de melhores edifícios e de que os nossos utentes acreditem e respeitem a especialidade de MGF”, conclui.

SO

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