22 Set, 2016

Madeira vai ter 80 novos enfermeiros até ao final do ano

Os novos profissionais da área de enfermagem estavam na “reserva de recrutamento” do concurso que permitiu uma primeira admissão de 64 licenciados este ano, que tem uma validade de seis meses

O Serviço Regional de Saúde da Madeira (Sesaram) vai contratar até final do ano mais 80 enfermeiros, anunciou o secretário do governo madeirense com esta tutela, João Faria Nunes.

“Vamos conseguir reforçar o quadro de enfermeiros na próxima semana com mais 50 profissionais”, garantiu o responsável, adiantando que “provavelmente” vão “contratar mais 30 até final do ano”.

João Faria Nunes fez este anúncio hoje na cerimónia de vinculação à profissão de mais 62 enfermeiros na região.

Estes novos profissionais da área de enfermagem estavam na “reserva de recrutamento” do concurso que permitiu uma primeira admissão de 64 licenciados este ano, que tem uma validade de seis meses.

Durante a cerimónia, a bastonária dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, renovou “o apelo à união de todos os enfermeiros”, insistindo que Portugal “precisa de 30 mil” profissionais, ficando atrás apenas da Estónia, Eslovénia e Lituânia.

A mesma responsável apontou que “Portugal perdeu nos últimos cinco anos 2.023 enfermeiros”, uma carência de recursos humanos e um problema que o pais precisa de “encarar com coragem”, considerando “ilegal” que estes licenciados comecem a auferir vencimentos na ordem dos 500 euros no início da carreira.

“Não contem com a Ordem para pactuar com esta situação”, declarou Ana Rita Cavaco, destacando ser necessário resolver o “problema das baixas prolongadas” com recurso à substituição dos profissionais impedidos de exercer as suas funções.

Por seu turno, o responsável da secção regional da Madeira da Ordem dos Enfermeiros, Élvio Jesus, defendeu a necessidade de “reposição dos 400 enfermeiros que a Região perdeu nos últimos quatro/cinco anos” e a importância de “diminuir paulatinamente a carga de trabalho” destes profissionais.

Também considerou ser preciso, entre outros aspetos, a “atualização de alguns materiais e equipamentos que até não representam custos elevados” e “uma maior atenção às condições da prestação de cuidados de saúde nos lares e outros lugares privados”.

 

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