6 Jan, 2020

Botão de pânico já travou violência no Amadora-Sintra

Hospital registou 75 casos de violência só no ano passado. Sistema já está a funcionar também nos dois grandes hospitais da cidade do Porto.

Já estão implementados projetos em alguns pontos do país no sentido de evitar a violência contra profissionais de saúde. Alguns incluem o chamado botão de pânico, sistema que já funciona no Hospital Amadora-Sintra há seis meses e que já foi acionado para evitar que situações de tensão entre utentes e profissionais de saúde se transformassem em agressões.

No dia 2 de janeiro, uma médica do hospital viu-se obrigada a carregar no botão de pânico, perante a ameaça de agressão por parte de uma utente, que terá esperado horas no serviço de urgência até ser atendida, escreve o Jornal de Notícias. Em dois minutos, um dos seis agentes da PSP destacados no hospital estava no local para controlar a situação.

Segundo fonte hospitalar, o sistema foi instalado “na triagem da Urgência Geral na Pediatria e Serviço de Psiquiatria” e “já provou ser eficaz e veio dar mais segurança e confiança aos profissionais que atendem uma população onde há graves problemas socioeconómicos”. Só no ano passado, o Amadora-Sintra reportou 75 casos de violência, 19 dos quais de agressões físicas.

O botão de pânico integra um lote de medidas promovidas pelo Ministério e implementados em projetos-piloto, no verão de 2019. No Centro Hospitalar e Universitário do Porto, que integra o Hospital de Santo António, o botão de pânico colocado debaixo da secretárias alerta o posto da PSP próximo. O mesmo acontece no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Já o Hospital de São João não esperou pela tutela e, há dois anos, avançou com um plano semelhante. A diretora clínica Maria João Baptista diz que a “agressão a um funcionário na Urgência levou a que, além dos botões de pânico em todos os gabinetes da Psiquiatria, se colocasse um também ali”.

TC/SO

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