Cientistas identificam genes associados ao aumento do risco de depressão
Estudo procurou combater escassez de informação associada à biologia por trás do desenvolvimento de depressão.
Um novo estudo conduzido por especialistas da Universidade de Yale e pela Universidade da Califórnia permitiu identificar 178 localizações de genes ligados à depressão, 77 a mais dos quais haviam sido descobertos anteriormente. A investigação foi publicada na revista Nature Neuroscience.
“Há muitos anos sabemos que o risco de depressão é geneticamente influenciado”, disse o coautor do estudo, Joel Gelernter. “Há uma componente ambiental para o risco, que inclui coisas como eventos adversos na vida, e há uma componente genética no risco. Foi apenas recentemente que nós, no campo, começámos a identificar quais são alguns dos genes de risco específicos e quais são as variantes de risco”.
Tendo em consideração que, segundo Gelernter, “a depressão é geneticamente complexa, o que significa que existem muitos, muitos genes de risco”, a equipa de investigação procurou analisar registos genómicos e médicos de quatro bancos de dados diferentes, os quais incluíram informação de mais de 300 mil pessoas.
Segundo a sua análise aprofundada, existem 178 partes específicas do genoma que estão, de alguma forma, ligadas ao risco de depressão de uma pessoa. A sua observação revelou ainda que 223 variações específicas de blocos de DNA – polimorfismos de nucleótido único – desses 178 locais também parecem influenciar o risco de depressão dos indivíduos.
“À medida que identificamos mais e mais variantes genéticas e genes que influenciam o risco, obtemos uma imagem cada vez mais completa da biologia subjacente”, revelou o investigador principal. “E com uma melhor compreensão desta biologia, o objetivo é que, eventualmente, consigamos desenvolver melhores tratamentos para esta condição”.
Aceda ao estudo na íntegra aqui.
SO