Vão ser testados mil profissionais de saúde de 4 hospitais da Grande Lisboa
O Instituto Gulbenkian de Ciência vai realizar testes à covid-19 em mil profissionais dos hospitais Egas Moniz, Santa Cruz e São Francisco Xavier, em Lisboa, e Fernando Fonseca, na Amadora.
Os testes visam aferir, por um lado, que médicos, enfermeiros, técnicos e assistentes operacionais, em contacto com doentes com covid-19, estão infetados sem o saber, porque não têm sintomas, e, por outro, os que estão protegidos contra a infeção, porque desenvolveram anticorpos específicos, e qual o grau de proteção adquirido, se duradouro ou não.
Os profissionais de saúde vão ser monitorizados de três em três semanas, por um período de pelo menos três meses, precisa o IGC em comunicado, assinalando que “a informação recolhida será crucial para proteger e cuidar destes profissionais, gerir equipas e serviços e garantir a sustentabilidade da prestação de cuidados de saúde”.
Além disso, a iniciativa “reunirá informação para preparar a resposta do país para outras possíveis vagas de infeção”, acrescenta o IGC.
As pessoas que vão ser testadas trabalham nos serviços de urgência, medicina interna, pneumologia, infecciologia e patologia clínica, adiantou o IGC à Lusa.
A iniciativa, que começou na semana passada, pretende alargar-se a 3.000 profissionais de saúde de outros hospitais, mas também de centros de saúde, a definir.
O anúncio do IGC, instituição que pertence à Fundação Calouste Gulbenkian, surge depois de a Fundação Champalimaud ter iniciado, igualmente na semana passada, testes de imunidade (serológicos) à covid-19 a 667 enfermeiros e assistentes operacionais dos hospitais de Santa Maria, em Lisboa, e Santo António, no Porto.
SO/LUSA
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