17 Mai, 2017

Só temos uma pele para toda a vida, por isso tenha cuidado!

O cancro de pele pode afetar qualquer pessoas, em qual idade. Porém, é mais comum em pessoas com mais de 50 anos, ou pessoas que tiveram longa exposição ao sol. Por isso, no Dia do Euromelanoma, é lançado o alerta: “A sua pele é preciosa”, acompanhado de um folheto informativo

Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo

Como e onde procurar?

Examine a sua pele uma vez por mês para verificar se apresenta qualquer alteração ou mancha de aparência suspeita. O exame deverá incidir sobre todo o seu corpo, parte anterior e parte posterior, com particular cuidado nas áreas expostas ao sol. Coloque-se em frente a um espelho de corpo inteiro com um espelho de mão para ajudar a verificar as áreas mais difíceis de visualizar.

Exame_rosto

Quem está em risco de cancro da pele?

O cancro da pele pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade. É mais comum em pessoas com mais de 50 anos ou pessoas que tiveram uma exposição prolongada ao sol. Está em risco particularmente elevado se:

  • Tem pele clara ou é propenso a queimaduras solares;
  • Sofreu queimaduras solares na infância;
  • Teve uma grande exposição ao sol (a trabalhar ou em lazer);
  • Faz exposições periódicas ao sol (por exemplo, nas férias);
  • Recorre a solários;
  • Tem mais de 50 “sinais” (nevos) no corpo;
  • Tem uma história familiar de cancro da pele;
  • Tem mais de 50 anos de idade;
  • Foi submetido a um transplante de órgão.

Esteja ou não num grupo de alto risco, há coisas simples que pode fazer de imediato para se proteger a si e à sua família dos cancros da pele. Se conhecer os sinais e fizer um auto-exame com intervalos de 1 a 2 meses, pode impedir que uma lesão suspeita evolua e se torne mais grave ou invasiva.

O que fazer a seguir?

O cancro da pele pode ser tratado. E o diagnóstico precoce faz com que a possibilidade de uma recuperação completa seja muito elevada. Se encontrar uma lesão suspeita, é imperioso que consulte um médico, de preferência um dermatologista, o mais rápido possível. Quando o tratamento é tardio, a situação piora, podendo levar, em alguns casos, a desfiguração, outras complicações e até mesmo à morte. Não deixe que o atraso reduza as hipóteses de um tratamento bem sucedido.

As regras de ouro são:

  • Não ignore o problema, à espera que ele passe;
  • Não fique à espera para ver como o problema evolui ou tente resolvê-lo só por si;
  • Não assuma que “não deve ser nada de grave”;
  • Não pense que não é um assunto prioritário;
  • Acima de tudo, não tenha medo de consultar o seu médico de família ou dermatologista O cancro da pele é tratável se for diagnosticado numa fase precoce. Se tiver qualquer sinal que pareça suspeito, consulte imediatamente o seu médico.

Evitar a exposição exagerada à radiação UV é a chave para reduzir o risco de cancro de pele

Só temos uma pele para toda a nossa vida! É como uma peça de vestuário fundamental para o nosso corpo. Por isso temos que “a usar” com muito cuidado! Lembre-se que a exposição ao sol ocorre em todos os lugares, não apenas na praia, e que os raios UV prejudiciais podem causar danos mesmo quando não está calor.

Exposição_segura

4 principais tipos de lesão cutânea suspeita

1. Melanoma
MelanomaÉ o tipo menos frequente de cancro da pele, mas também o mais perigoso. Pode afetar pessoas de qualquer idade, ao contrário dos outros tipos, que são mais comuns nos idosos. Apresenta-se como um “sinal” muito escuro, que desenvolveu bordos irregulares ou cores diferentes ao longo do tempo; ou como uma protuberância de crescimento rápido, rosa ou avermelhada. Pode surgir de um “nevo” atípico que se modificou ou como uma lesão “de novo” sobretudo em pele com muitos “nevos” ou “lentigos” (manchas solares parecidas com sardas) ou em pele com antecedentes de queimaduras solares. Pode difundir-se rapidamente sob a forma de metástases, pelo que é necessário o tratamento cirúrgico imediato. Se encontrar dois ou mais destes sinais de alerta, não perca tempo. Consulte o seu médico imediatamente, e se houver dúvida consulte o seu dermatologista

2. Carcinoma basocelular

-Carcinoma basocelularEste é tipo mais comum de cancro da pele, mas também o menos perigoso. Apresenta-se tipicamente como um nódulo elevado, da cor da pele, com bordos brilhantes e aspeto perolado, uma mancha ou ferida que não cicatriza ou uma protuberância ligeiramente dura e rugosa que cresce lentamente ao longo do tempo. Se deixado sem tratamento, pode ulcerar e invadir os tecidos mais profundos.

 

3. Carcinoma espinocelular

Carcinoma espinocelularÉ o segundo tipo de cancro da pele mais comum. Ocorre em áreas de pele que tenham tido uma acentuada exposição ao sol, tais como a face, couro cabeludo e dorso das mãos. Apresenta-se como um nódulo duro que pode crescer rapidamente e tornar-se ulcerado e exsudativo. Pode difundir-se rapidamente para os gânglios e internamente (metástases), sobretudo em lesões mais avançadas localizadas nos lábios, orelhas, mãos e pés, ou em indivíduos imunodeprimidos. O tratamento cirúrgico atempado para remover as lesões é essencial.

 

4. Queratose actínica

Queratose actnicaOcorre mais frequentemente em pessoas de meia-idade e idosos, em áreas mais expostas ao sol, como a face, pescoço, orelhas, dorso das mãos e couro cabeludo. Apresentase como manchas vermelhoacastanhadas escamosas e rugosas. Estas lesões são pré-cancerosas; em 10-15% dos casos, podem evoluir para carcinomas espinocelular. Por isso devem ser tratadas, a fim de prevenir a progressão.

 

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