OMS classifica vício em videojogos como doença mental
O vício em videojogos é considerado oficialmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma doença mental, segundo consta a 11ª edição da Classificação Internacional de Doenças, divulgada esta segunda-feira
Inserido na categoria de “comportamentos viciantes”, juntamente com o vício de jogos de apostas, o “distúrbio com videojogos” é descrito, pela OMS, como um padrão de comportamento crescente ao longo de 12 meses e que pode ter impacto negativo nas atividades mais simples no âmbito pessoal, familiar, social e educacional.
É principalmente conduzido pela Internet e manifesta-se por três condições: o tempo e a intensidade dispensada nos jogos; a prioridade dada aos jogos acima de interesses e atividades diárias; a continuação deste hábito mesmo já sentindo as suas consequências negativas.
Segundo a OMS, a ICD é uma base para a identificação das principais tendências e estatísticas de doenças no contexto de saúde global, servindo como ferramenta que contribui para armazenar informação que possa ajudar na tomada de decisões, para compartilhar dados entre os diferentes países e para, dentro de cada região, seja possível verificar a evolução das doenças.
Em comunicado, o Dr. Tedros Adhanon Ghebreyesus, diretor-general da OMS, reforça a importância da ICD: “permite-nos compreender muito sobre o que faz pessoas adoecerem e morrerem, e para tomar medidas para evitar o sofrimento e salvar vidas”.
Para além dos distúrbios com jogos terem sido adicionados a esta listagem, esta versão da ICD reúne um novo capítulo dedicado à medicina tradicional e novas condições no âmbito da saúde sexual.
A 11ª edição foi publicada esta segunda-feira, 18 de junho, para que os Estados-Membros tenham tempo para se prepararem para sua implementação, entrando em vigor no dia 1 de janeiro de 2022.
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