Miguel Guimarães apela à criação de “diplomacia europeia” para a Saúde
“Precisamos de um centro europeu que possa congregar e ter autonomia para tomar decisões em matérias que estão relacionadas com eventos internacionais”, sugere o bastonário da OM.
O bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Guimarães, defendeu a necessidade de promoção de uma “diplomacia europeia para a Saúde” capaz de combater crises sanitárias e organizar recursos profissionais. As declarações surgiram no âmbito da Conferência sobre o Futuro da Europa (CoFE) que decorreu ontem em Lisboa.
“É importante desenvolver a nível europeu aquilo que se chama ‘diplomacia em saúde, um gabinete de ‘diplomacia em saúde’ que permita que a Europa em conjunto tome iniciativas a nível internacional no sentido de reforçar e ajudar outros países”, declarou Miguel Guimarães.
Segundo começou por afirmar, “neste momento, temos falta de capital humano a nível europeu”. “As próprias instituições europeias têm reconhecido que temos um problema. Portugal tem dado um grande contributo para a formação de profissionais de saúde, mas há vários países europeus que não estão a cumprir o seu papel”, criticou o bastonário da OM.
Perante as desigualdades encontradas a nível europeu, “era importante definir uma política comum nesta área”. “Precisamos de um centro europeu que possa congregar e ter autonomia para tomar decisões em matérias que estão relacionadas com eventos internacionais, como pandemias”, sublinhou.
E reforçou a ideia, referindo que “a autonomia de instituições como o Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças é limitada”, sendo essencial promover a criação de um organismo, o qual seja representado por ministros dos vários países, para que sejam criadas “políticas comuns de combate a pandemias ou situações do género”.
SO/LUSA