14 Fev, 2024

Madeira lança programa pioneiro de longevidade e inovação cardiovascular

A Secretaria Regional da Saúde e Proteção Civil da Região Autónoma da Madeira anunciou a exploração de novos modelos de colaboração no ecossistema da saúde, através da implementação de uma abordagem integrada às doenças cérebro-cardiovasculares (DCCV).

O programa tem como objetivos promover a prevenção das DCV, a redução do seu impacto e a deteção precoce dos eventos a elas associados, nomeadamente acidentes vasculares cerebrais (AVC) e enfarte agudo do miocárdio, respetivamente a primeira e segunda causas de morte em Portugal.

Enquadrado na estratégia da Secretaria Regional da Saúde no âmbito de promoção de políticas públicas para a longevidade, este protocolo pretende explorar novos modelos de colaboração no ecossistema da saúde, através da implementação de uma abordagem integrada às DCV, e do Plano Regional de Saúde 2021-2030.

Pedro Ramos, da Secretaria Regional da Saúde e da Proteção Civil da Madeira, afirma que “esta colaboração é um exemplo de promoção da cultura colaborativa que queremos incentivar na região, através da cooperação multissetorial, da disseminação, aplicação e transferência do conhecimento no âmbito da longevidade”.

E acrescenta: “vai permitir-nos manter a tendência decrescente da mortalidade por DCV verificada na Região Autónoma da Madeira e inverter a tendência crescente verificada na mortalidade por doenças isquémicas do coração e por outras doenças cardíacas, com um benefício claro para a nossa população e economia”.

Em parceria com a Novartis, o programa tem como linha orientadora contribuir para uma menor carga de doença resultante de uma maior aposta na prevenção primária e secundária das DCV.  Simon Gineste, Presidente da Novartis em Portugal, refere que “este programa materializa o compromisso em reescrever a forma como colaboramos com a sociedade e todas as suas estruturas governamentais, colocando à sua disposição não só a nossa inovação transformadora, como também o nosso conhecimento e experiência através de parcerias estratégias que contribuam significativamente para reverter o impacto negativo da doença”.

“O desafio da longevidade é garantir uma intervenção ao longo do ciclo de vida, que permita manter o mais alto nível de capacidade funcional da população, modificando comportamentos e criando as condições para a prevenção, a rápida identificação, a gestão e o tratamento das doenças que mais nos afetam enquanto sociedade. As DCCV afirmam-se assim como um pilar fundamental de atuação”, conclui.

A implementação deste programa de longevidade e inovação cardiovascular assenta em três pilares com impacto na comunidade, nos cuidados de saúde e na longevidade: Data Intelligence – posicionar a Madeira como uma referência na utilização de dados e na Investigação Clínica; Inovação Tecnológica combinada com Inovação Terapêutica – Identificação automatizada e intervenção urgente nos doentes em risco iminente de evento cardiovascular; e Criação de uma Unidade Avançada de Longevidade Cardiovascular assente nas melhores práticas internacionais.

Os planos de ação para cada um dos pilares serão agora desenvolvidos por um grupo de trabalho que determinará, entre outros, os resultados esperados, os mecanismos de monitorização e os recursos a investir.

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