26 Nov, 2021

Covid-19. Portugal deverá ter mais 4600 mortes este inverno, apontam projeções

Projeções da Universidade de Washington apontam uma tendência negativa para a Europa. Portugal não é exceção.

A pandemia covid-19 poderá provocar este inverno mais 4600 mortes do que as reportadas até ao momento (18 370). As projeções do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME) da Universidade de Washington também apontam para um período de pressão moderada e elevada no sistema de saúde (SNS) português entre janeiro e fevereiro, reporta o jornal i.

Considerado o cenário mais provável – avaliado pela proteção vacinal, medidas em vigor, nível de mobilidade e uso de máscara -, a projeção do IHME apontava, há um mês, que o SNS poderia chegar ao fim de fevereiro de 2022 com um total de 19 mil mortes associadas à covid-19.

Agora, o instituto parceiro da Organização Mundial da Saúde (OMS) projeta uma tendência mais negativa não só para a Europa, mas também para Portugal, já que este prevê mais 4600 mortes, chegando o balanço no final do mês de fevereiro aos 23 mil óbitos a nível nacional. Num pior cenário – sem restrições caso se verifique um aumento significativo no número de infeções -, o país poderia ainda atingir as 29 mil mortes associadas à covid-19 no mesmo período.

Assim, prevê-se que o pico de mortalidade em Portugal deverá chegar no início de fevereiro – com 70 óbitos diários. No ano passado também se verificou um pico no fim de janeiro, em que se registou mais de 300 mortes em dois dias no fim do mês de janeiro.

No que concerne o número de possíveis internamentos, projeta-se agora a necessidade de serem alocadas 4500 camas nos hospitais associadas a doentes covid-19. No entanto, a pressão nos cuidados intensivos deverá ser muito inferior à que se registou no ano passado: prevê-se cerca de 260 doentes internados nestas condições em janeiro de 2022.

Como justificação para estas projeções, o IHME refere a sazonalidade na circulação do vírus e o desvanecimento da imunidade conferida pelas vacinas ao fim de algum tempo. “Existe o risco potencial de um inverno talvez pior do que esperávamos”, concluiu o instituto.

SO

Print Friendly, PDF & Email
ler mais
Print Friendly, PDF & Email
ler mais