6 Ago, 2020

Norte continua sem rastreios ao cancro da mama

As unidades de rastreio do Norte encerraram, em março, devido à pandemia da Covid-19. A falta de acordo entre a Liga Portuguesa Contra o Cancro e a ARS-Norte impediu a reabertura destas unidades.

As 19 unidades de rastreio do cancro da mama do Norte fecharam as suas portas em março, devido à pandemia da Covid-19. Um mês depois da situação ter sido noticiada, as portas destas unidades de rastreio ainda se encontram fechadas, avança o Jornal de Notícias.

O encerramento das unidades de rastreio da região Norte levou ao adiamento de milhares de exames vitais para a detenção precoce da doença. Ao JN, a Administração Regional da Saúde do Norte (ARS-Norte) declarou que “a reabertura está prevista para o início do próximo mês de setembro“. No resto do país, os exames e consultas foram retomados no mês de junho. Nesta região, a falta de acordo entre a ARS-Norte e a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) foi o que manteve as unidades de rastreio encerradas, contudo, ninguém consegue explicar o que motiva este atraso, que se prolonga.

Em declarações ao JN, a LPCC referiu que recebeu, “de fonte idónea, a informação de que até ao final do mês a situação ficará resolvida, sendo que está ainda dependente da aprovação do orçamento“, sublinhando que “a Liga continua atenta”.

Já o Ministério da Saúde explicou que o acordo de cooperação que vigorava anteriormente terminou este ano, “pelo que terá de haver articulação entre a ARS-Norte e a Liga Portuguesa Contra o Cancro-Núcleo Regional do Norte para formalização de um novo protocolo”, processo que segundo a tutela já se encontra “em curso“.

O encerramento das 19 unidades de rastreio do Norte levou os utentes a procurarem outras soluções, com alguns a recorrem ao privado como alternativa. Segundo a ARS-Norte, a maioria destes doentes acabou por recorrer aos médicos de família, porém, só os que apresentam sintomas de alerta. O médico de família providenciará um exame numa entidade convencionada sempre que “haja uma situação passível de necessidade de avaliação clínica, como queixas sintomáticas da mulher ou antecedentes que obriguem a uma vigilância mais apertada”, referiu a ARS-Norte.

AR/JN

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