Testes rápidos. É preciso “agir depressa”, avisa ex-ministro da Saúde

Ex-ministro pede celeridade na decisão. Ministra da Saúde sublinha que um grupo de peritos já está a trabalhar no assunto.

O ex-ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes defende que é preciso ser “ágil e agir depressa” sobre a utilização dos testes rápidos para “controlar melhor” o circuito de transmissão de covid-19.

“Era importante que não se demorasse muito tempo a tomar uma decisão sobre a difusão e a disseminação da utilização dos testes rápidos”, disse à agência Lusa o especialista em Saúde Pública.

Para Adalberto Campos Fernandes, esta decisão “ajudará a todos a controlar melhor o circuito de transmissão da infeção”.

“Eu creio que, neste momento, é preciso nesse domínio ser ágil e agir depressa”, defendeu Adalberto Campos Fernandes, que foi ministro da Saúde entre 2015 e 2018.

 

Decisão sobre testes rápidos até final da semana

 

A ministra da Saúde, Marta Temido, afirma que a utilização de testes rápidos de detenção de covid-19 será definida no final da semana por um conjunto de peritos, ressalvando que a fiabilidade dos resultados é uma preocupação.

Temos um painel de peritos a trabalhar desde o início da semana no assunto e até ao final da semana teremos uma definição das circunstâncias em que estes testes poderão ser utilizados, estando sobretudo em causa o contexto da sua utilização”, afirmou Marta Temido, na conferência de imprensa regular sobre o desenvolvimento da pandemia em Portugal.

A ministra reforçou que os testes rápidos de antigénio ainda não estão recomendados em Portugal para diagnóstico de casos de infeção pelo vírus SarCov-2 e que a grande preocupação é a sua segurança e a fiabilidade dos resultados, recordando que as opções técnicas destes testes são muito recentes.

Estes testes não eliminam a hipótese de ocorrência de falsos negativos, são testes que podem ter baixa sensibilidade em indivíduos assintomáticos ou com uma carga viral baixa”, afirmou Marta Temido, sublinhando que a maioria dos países europeus ainda não os utiliza como testes de diagnóstico.

“O que nos interessa é ter testes que nos garantam a fiabilidade dos resultados”, insistiu a ministra.

A estratégia de testagem para o novo coronavírus passa por garantir “resultados rápidos e segurança e por isso é importante estratificar os vários testes laboratoriais de acordo com a sua finalidade”.

O Plano Saúde Outono Inverno 2020/2021 já prevê a inclusão de dois tipos de teste: testes rápidos em menos de 60 minutos e testes com resultados disponíveis em 24 horas.

SO/LUSA

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