21 Out, 2022

Sintomas ginecológicos-obstétricos menos graves deverão ser vistos nos centros de saúde

Os casos menos graves são, por exemplo, hemorragias ligeiras, ardor ao urinar, corrimento vaginal alterado e prisão de ventre.

Também na Ginecologia-Obstetrícia, os problemas de saúde súbitos e menos graves poderão vir a ser tratados nos cuidados de saúde primários.

A medida é proposta pela Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia, Obstetrícia e Bloco de Partos e já está a ser preparada com o Governo, avança o Expresso.

Diogo Ayres de Campos, coordenador da comissão, não quis adiantar mais informações, mas confirmou ao jornal que “o que se pretende é que a população passe a conseguir identificar as situações que carecem ou não de tratamento imediato”.

O modelo já é prática corrente noutros países e acredita-se que irá dar resposta aos problemas que têm surgido nos últimos meses.

Caberá assim à Direção-Geral da Saúde (DGS) informar as mulheres sobre os sintomas que não necessitam de uma ida ao hospital. A operacionalização dos novos procedimentos de acesso aos cuidados primários e urgências ginecológicas-obstétricas fica a cargo do diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde, Fernando Araújo.

“Temos muitas idas às urgências sem motivo e é preciso alterar esse pressuposto, por forma a que a Urgência fique reservada para quando há mesmo um problema”, justificou Diogo Ayres de Campos.

Da parte do Ministério da Saúde não há quaisquer declarações, já que “o relatório apresentado é de natureza preliminar”.

Outra das propostas é o encerramento de seis urgências e blocos de partos: Famalicão e Póvoa do Varzim, a Norte; Castelo Branco e Guarda, no Centro; e Barreiro e Vila Franca de Xira, em Lisboa.

“O objetivo dos encerramentos é permitir que os profissionais fiquem disponíveis para irem fazer Urgência noutras unidades, continuando a fazer a atividade programada nos seus hospitais de origem”, disse o coordenador da comissão.

Estas são apenas duas das oito medidas estruturantes apresentadas ao Governo e que ainda estão a ser alvo de avaliação. O aumento de vagas para formar especialistas nos hospitais mais deficitários e mecanismos para os fixar nessas unidades quando terminam o internato é mais uma.

SO/EXPRESSO

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