14 Dez, 2016

Sindicato denuncia precariedade no Hospital da Luz Arrábida, em Gaia

O Sindicato dos Trabalhadores de Hotelaria e Similares do Norte denunciou hoje em Gaia a existência de “muitos trabalhadores precários”, no Hospital Luz Arrábida, que fazem contratos sucessivos e que depois são despedidos, sendo contratados outros para o seu lugar”.

Além disso, é o segundo ano consecutivo que a empresa discrimina os trabalhadores nos aumentos salariais, tem regimes de horários de dez horas diárias, sem o acordo dos trabalhadores, o que não lhe é permitido legalmente, e altera constantemente as escalas pondo em causa o direito à conciliação da atividade profissional com a vida familiar”, afirmou Francisco Figueiredo.

Segundo Francisco Figueiredo, que falava à Lusa no âmbito de uma ação de denúncia pública, realizada junto ao Hospital da Arrábida, a administração do hospital “não respeita algumas regras do horário de trabalho, como o facto de os trabalhadores não terem dois dias de descanso semanal seguidos”.

“É uma empresa que recusa o diálogo com o sindicato sistematicamente. Temos pedido reuniões ao Grupo Luz Saúde e aqui à administração do Hospital da Arrábida, mas têm sido negadas”, disse.

Segundo Francisco Figueiredo, esta ação, que consistiu na distribuição de um comunicado aos utentes do hospital, visou “denunciar esta precariedade que não se justifica, de sistematicamente os trabalhadores assinarem contratos sucessivos e no final serem despedidos”.

O dirigente do Sindicato disse ainda que “a inspeção do trabalho tem sido sistematicamente chamada, sempre que são denunciadas irregularidades” e que “há já alguns processo que estão a correr em tribunal de alguns trabalhadores, apesar de uma certa intimidação e de um certo receio de represálias”.

A Lusa tentou obter, sem sucesso, esclarecimentos junto da administração do Hospital da Luz Arrábida.

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