15 Jun, 2022

Santa Maria na capacidade máxima esteve 18 horas sem receber grávidas do INEM

A situação causou problemas ao encaminhamento de grávidas na região de Lisboa e Vale do Tejo, numa altura em que vários hospitais se debatem com a falta de obstetras.

A sala de partos do Hospital de Santa Maria (CHLN) estava com as camas totalmente ocupadas cerca das 17:00 desta terça-feira, uma situação que fonte do Centro Hospitalar Lisboa Norte considerou ser “circunstancial” e que acontece várias vezes.

Circunstancialmente, a sala de partos está cheia. Temos todas as camas da sala de partos ocupadas”, adiantou a mesma fonte à agência Lusa, ao avançar que o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) foi informado para fazer a gestão em rede.

Adiantou ainda não existir um “nexo causal” entre ocupação do bloco de partos que se verificou na tarde desta terça-feira no Hospital de Santa Maria e os constrangimentos que se verificam noutros hospitais e maternidades por falta de especialistas.

No entanto, a urgência de Obstetrícia do maior hospital do país terá estado 18 horas fechada às grávidas encaminhadas pelo INEM, avança o Jornal de Notícias. A situação causou problemas ao encaminhamento de grávidas na região de Lisboa e Vale do Tejo, numa altura em que vários hospitais se debatem com a falta de obstetras nas escalas, o que está a obrigar muitas unidades a fechar os serviços de urgência obstétrica.

Quanto ao serviço de urgência do Hospital de Santa Maria, assegurou que está a funcionar com equipas escaladas e com médicos necessários.

A mesma fonte avançou ainda que, ao fim da tarde, a sala de partos já tinha vagas e “está a receber” grávidas de forma normal, e que o único pedido ao CODU de desvio de uma grávida ocorreu durante a madrugada.

Na segunda-feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou que vai ser posto em prática “um plano de contingência” entre junho e setembro para procurar resolver a falta de médicos nas urgências hospitalares do país.

Marta Temido falava após um dia de reuniões com diretores clínicos de vários hospitais da região de Lisboa, e depois com sindicatos e a Ordem dos Médicos sobre a “instabilidade do funcionamento” destes serviços.

A falta de médicos em vários hospitais do país tem levado nos últimos dias ao encerramento de urgências de obstetrícia, ou a pedidos aos centros de orientação de doentes urgentes (CODU) de reencaminhamento de utentes para outros hospitais.

SO/LUSA

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