17 Jul, 2023

Procriação Medicamente Assistida. Conceito de “ninhos” chega a Coimbra

Teresa Almeida Santos, diretora do Serviço de Ginecologia, Obstetrícia, Neonatologia e Medicina Reprodutiva do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), aceitou um novo desafio. Desde este mês é também a coordenadora científica da primeira clínica do Grupo EUGIN, que se instalou em Portugal, e que tem o conceito de “ninhos”.

Quais os tratamentos a que podem aceder os casais neste novo centro em Coimbra? 

Neste centro serão disponibilizadas todas as técnicas de Reprodução Medicamente Assistida, incluindo com recurso a dadores terceiros e com diagnóstico genético pré-implantação.

 

Na apresentação falaram em “ninhos”. Que conceito é este e quais as suas mais-valias? 

Os ninhos são espaços individuais, semelhantes a suites de hotel, onde os casais ou as mulheres serão atendidos por todos os profissionais de saúde que aí se deslocam, de acordo as necessidades. Estes espaços estão dotados de mobiliário confortável e amenidades básicas e incluem a possibilidade de visualização das etapas do tratamento e do desenvolvimento dos embriões num ecrã dedicado. Contíguo a cada ninho existe um espaço de observação clínica que será usado quando necessário para avaliação ecográfica ou clínica. A grande vantagem deste conceito é a privacidade e a comodidade dos utentes que não têm de estar numa sala de espera nem de percorrer vários espaços para realizar as consultas médicas e de enfermagem bem como os registos administrativos.

  “… acumulam-se os casos de casais ou mulheres sem parceiro a necessitar de ajuda para concretizar o seu projeto de parentalidade”

Esperam chegar a outras cidades do país? 

Sim, o grupo EUGIN tem como objetivo abrir outros centros em Portugal.

 

Relativamente à PMA e à fertilidade, qual o panorama atual em Portugal? Há cada vez mais casais a precisar de ajuda? 

Infelizmente, com o adiamento da idade da primeira gravidez e os atrasos na resposta em termos de tratamentos no SNS, acumulam-se os casos de casais ou mulheres sem parceiro a necessitar de ajuda para concretizar o seu projeto de parentalidade.

 

O não anonimato tem afastado, de alguma forma, possíveis dadores?

Não, curiosamente o número de dadores não se reduziu com a mudança do quadro legal, mas estes são ainda manifestamente insuficientes para as necessidades do país.

SO

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