Portugal vai testar medicamentos da malária para a OMS
O laboratório do Infarmed foi selecionado a nível mundial para integrar uma rede labotorial com o objetivo de detetar medicamentos antimaláricos falsificados
O laboratório da Autoridade do Medicamento portuguesa (Infarmed) foi um dos selecionados a nível mundial para analisar fármacos contra a malária para a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O Infarmed vai fazer parte da rede de laboratórios que pretende detetar medicamentos antimaláricos falsificados, segundo uma comunicação feita no seu próprio boletim de notícias.
No âmbito do programa de combate à malária, estão a ser distribuídos a populações carenciadas de vários países medicamentos que integram uma lista de fármacos pré-qualificados pela OMS.
De acordo com a Organização, o risco de contrair malária afeta metade da população mundial. Por ano, registam-se cerca de 255 milhões de casos que resultam em 781 mil mortes, sendo que 85% das mortes são de crianças, maioritariamente em países africanos.
Uma parte destas mortes pode estar associada à administração de medicamentos antimaláricos sem qualidade, que contribui para o desenvolvimento de resistência às terapêuticas mais utilizadas.
“A deteção rápida destes medicamentos sem qualidade nos locais em que estão a ser distribuídos é um imperativo. É no âmbito deste projeto que o laboratório do Infarmed irá atuar”, refere a Autoridade do Medicamento.
Esta não é a primeira vez que o Infarmed coladora com a OMS e outros programas das Nações Unidas, tendo já testado fármacos também para o VIH e para a malária.
LUSA/SO