Ordem: “Não se pode acreditar no ministro da Saúde”

Em causa está o atraso na abertura de concursos para a colocação de novos médicos das especialidades hospitalares e de Saúde Pública. Miguel Guimarães afirma que “é uma vergonha nacional que passado quase um ano os concursos continuem por abrir. Não se pode acreditar no ministro da Saúde”, citado em comunicado.

Este incumprimento afeta mais de 700 médicos recém-especialistas e tem levado alguns destes jovens profissionais a optar pela emigração ou por contratos em instituições privadas. “Manifestamos o nosso total apoio a estes médicos que vivem numa indefinição há já nove meses. Um impasse que tem repercussões graves na saúde dos doentes”, lamenta Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, citado no referido comunicado.

O bastonário da Ordem dos Médicos recorda que “a 10 de janeiro, em plenário da Assembleia da República, o ministro da Saúde assegurou que a abertura do concurso para as áreas hospitalares e de Saúde Pública estaria por dias”, relembrando ainda que “na passada sexta-feira, um mês depois, o ministro reafirmou que está por dias e até o primeiro Ministro ironizou a questão no Parlamento, afirmando mesmo que até podia dizer que está por segundos, não importa é quantos segundos”. Perante estes factos, Miguel Guimarães sente-se “forçado a admitir que já não podemos acreditar no ministro da Saúde”.

A Carta Aberta foi enviada ao Presidente da República e ao Primeiro Ministro exigindo a abertura imediata dos concursos.

Comunicado/SO