2 Out, 2018

Noite dos investigadores no Porto apresenta pulseira ‘inteligente’ para diabetes

Pulseiras ‘inteligentes’ que medem a glicemia, ou até placas de graffiti capazes de cortar cubos de gelo foram algumas das atividades em demonstração na Noite Europeia dos Investigadores do Porto, que decorreu este fim-de-semana.

Sob o lema “Science Wars”, a iniciativa regressou ao Porto e, no Palácio das Artes, os participantes foram convidados a viajar numa ‘nave espacial’ e a experienciarem atividades onde a ciência se entrelaça com a magia, saúde e artes, mas também com o entretenimento.

Pulseiras ‘inteligentes’ capazes de medir o nível de glicemia, mas que também libertam insulina, substituindo o “convencional aparelho utilizado pelos doentes”, fizeram parte das 16 ideias em demonstração.

Em declarações à Lusa, Raquel Queiroz, do Instituto Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) explicou que a ideia, que está ainda a ser desenvolvida “pretende integrar a eletrónica e, através de sistemas inteligentes, fazer a terapia, mas também a libertação dos fármacos”.

“Este equipamento pode ser integrado numa pulseira, onde o paciente pode monitorizar os níveis de glicose e, se necessário, fazer a libertação da insulina”, contou.

Durante a noite de “Science Wars”, os visitantes podiam também participar em oficinas e “pôr as mãos no gelo”, afirmou Fátima Cerqueira, investigadora do INL. “A placa de graffiti capta a temperatura humana e, através do contacto com a nossa pele e, consequentemente com o calor do nosso corpo, a placa transfere a temperatura para o gelo, e faz com que ele se derreta e se separe”, explicou.

Pelas diversas salas do Palácio das Artes, há quem procure ideias para trabalhos escolares, mas também quem traga os mais novos para “conviverem com a realidade das ciências e ganharem o gosto”, como é o caso de Marta Santos, que acompanhou o filho nesta experiência. “Ele gosta muito da área das ciências e estas atividades são muito interessantes, porque eles não fazem este tipo de atividades na escola”, afirmou.

Para Boryana Yotova, representante da Direção-Geral da Educação, Audiovisual e Cultura da Comissão Europeia esta iniciativa é o “abrir portas” da ciência para as novas gerações. “Esta iniciativa permite que as novas gerações se interessem pela ciência, e, acima de tudo, torna possível criar uma nova geração de cientistas. O facto de misturar educação e o entretenimento é a combinação perfeita, sobretudo para os mais novos”, acrescentou.

LUSA/SO

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