28 Jul, 2022

Máscara mantém-se obrigatória apesar da diminuição da mortalidade

O Governo quer manter “durante mais algum tempo” as medidas que ainda estão em vigor, segundo disse, ontem, António Lacerda Sales, secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

Até ao final de agosto vai continuar a ser obrigatório o uso de máscara em espaços como transportes públicos, espaços de saúde e lares de idosos, segundo noticia o Público. Mantém-se assim o estado de alerta, apesar de se ter atingido a meta no indicador de número de mortes e de camas em Cuidados Intensivos.

Recorde-se que para acabar com essa restrição, os especialistas definiram que se teria de atingir a meta das 20 mortes por milhão de habitantes a 14 dias e ter menos de 170 camas ocupadas em unidades de cuidados intensivos.

De acordo com os dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal atingiu a meta no indicador de mortalidade no passado dia 23 de julho, com 20 mortes por milhão de habitantes. Nas unidades de cuidados intensivos estavam ocupadas 49 camas na semana passada, bastante abaixo das 170.

Contudo, o Governo quer manter “durante mais algum tempo” as medidas que ainda estão em vigor, segundo disse, ontem, António Lacerda Sales, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, em declarações aos jornalistas. “Todos os indicadores epidemiológicos são decrescentes, por isso, obviamente, estamos satisfeitos. Mas não devemos baixar a guarda. Acho que devemos manter algumas medidas cautelares, que devem ser consolidadas durante mais algum tempo.”

De acordo com os números da DGS, ontem, verificaram-se no país 4.324 novos casos e 12 óbitos por covid-19. Segundo o relatório semanal do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge  (INSA) sobre a evolução da covid-19, divulgado ontem, o número médio de casos diários a cinco dias voltou a descer dos 5.479 para os 4.488 a nível nacional, sendo ligeiramente mais baixo no continente (4.153).

Apesar da redução do número de casos de covid-19, o Rt subiu de 0,81 para 0,86, tendo aumentado em quase todas as regiões: no Norte passou de 0,81 para 0,85, no Centro de 0,81 para 0,88, em Lisboa e Vale do Tejo de 0,80 para 0,84, no Alentejo de 0,84 para 0,90, no Algarve de 0,83 para 0,87, nos Açores de 0,83 para 0,88, mantendo-se nos 0,86 na Madeira.

Todas as regiões, com exceção do Algarve (1.185,2), têm uma taxa de incidência inferior a 960 casos por 100 mil habitantes em 14 dias. A média mais elevada de casos diários a cinco dias foi registada no final de janeiro (49.795), quando a taxa de incidência era de 6.130,9 casos por 100 mil habitantes e o índice de transmissibilidade (Rt) de cerca de 1,16.

 

SO/PÚBLICO

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