22 Jan, 2021

Falta de psicólogos dificulta acompanhamento dos portugueses

O bastonário dos Psicólogos alertou que os centros de saúde dispõem de um número de profissionais desta área semelhante ao existente antes da pandemia, o que dificulta o acompanhamento dos impactos da covid-19 na população portuguesa.

“Continuamos com um nível de resposta muito semelhante aquele que existia antes da crise pandémica para o acompanhamento continuado nos centros de saúde” do país disse, o Bastonário da Ordem dos Psicólogos, Francisco Miranda Rodrigues, ouvido por videoconferência na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença covid-19 e do processo de recuperação económica e social.

Segundo o bastonário da Ordem dos Psicólogos, antes da pandemia da covid-19, os centros de saúde tinham ao seu serviço cerca de 250 psicólogos e, desde então, “não existem dados oficiais sobre o número de contratações temporárias que tenham sido feitas”.

Uma estimativa da ordem aponta para “cerca de 50 psicólogos que podem ter sido contratados em regime temporário em todo o país”, referiu Francisco Miranda Rodrigues, ao defender que mesmo antes da pandemia já existia a “necessidade de duplicação [de profissionais] para dar uma resposta mínima” que permitisse “acabar com os dois anos de espera em alguns sítios para uma primeira consulta” desta área.

“Sem o mínimo de recursos não vamos conseguir fazer um trabalho daqui para a frente ainda mais crítico”, alertou o bastonário, ao salientar que diversos estudos que têm sido publicados demonstram “que o impacto psicológico desta pandemia chega à maioria da população” portuguesa em diversos graus.

Na audição parlamentar, Francisco Miranda Rodrigues sublinhou ainda o facto de as escolas terem reforçado “de forma substancial a resposta dada pelos psicólogos com contratações num número considerável”, que ascenderam a mais de 400.

 

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