21 Mar, 2018

Centro Hospitalar do Algarve garante que reanimação de bebé por anestesista por falta de pediatras foi excecional e imprevisível

O CH Universitário do Algarve garante que o caso de dois partos realizados, na noite do último sábado, em que num deles o bebé teve de ser reanimado por um anestesista, foi "uma situação excecional e imprevisível"

Uma explicação contestada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que acusa os responsáveis pela Saúde na região de aceitarem situações destas “só para manter aberta a maternidade de Portimão”.

“Naquela noite houve uma situação urgente em que o anestesista teve de reanimar o bebé. Felizmente, resolveu o assunto, mas se isso não tivesse acontecido, punha-se a questão, mais uma vez, da maternidade funcionar sem pediatras. O neonatologista é que tem de fazer a reanimação”, referiu ao João Dias, secretário regional do SIM, em entrevista ao JN.

Ao JN, o representante sindical acrescentou que esta é mais uma prova da falta de médicos especialistas no Algarve e garantiu que não foi o primeiro caso de partos sem assistência de pediatra. Segundo o sindicalista em Portimão existem apenas seis especialistas, razão pela qual, aponta, quando algum dos profissionais adoece ou tem de faltar, há falhas nas escalas.

O CHUAlgarve contrapõe e adianta que, “nos últimos seis meses, em resultado do esforço desenvolvido, tem havido uma cobertura de 100% nas escalas de pediatria”. Fonte próxima da administração adiantou ainda aoJIN que, na sequência do caso do último sábado, “mãe e bebé estão bem” e que “não foi apresentada qualquer queixa ou reclamação” por parte da família.

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