Ampliação do Hospital de Vila Franca de Xira pode demorar mais de cinco anos
“A capacidade de internamento deste hospital tem de crescer no mínimo em mais 80 camas”, admite o presidente do conselho de administração, Carlos Andrade Costa.
A ampliação do edifício do Hospital de Vila Franca de Xira (HVFX) – que atualmente conta com apenas 320 camas – é a solução mais óbvia para responder às necessidades dos 250 mil habitantes que serve. No entanto, o processo ainda não avançou e poderá demorar mais de cinco anos a concretizar-se, avança o Público.
Inaugurado em 2013, o HVFX foi construído no âmbito de uma parceria público-privada (PPP), por um consórcio liderado pela Somague. Depois de ter mudado de proprietário três vezes, pertence agora a um fundo canadiano, sendo que a ampliação das instalações vai exigir uma negociação complexa entre a entidade proprietária do edifício e o presidente do conselho de administração do HVFX, Carlos Andrade Costa.
“Será um processo trabalhoso para a ampliação, porque o edifício não é gerido por nós, é gerido por um fundo de capital de risco internacional. Qualquer relação é mais complexa em tudo o que tenha a ver com obras. E, obviamente, ampliar o hospital é uma obra complexa”, declara o gestor hospitalar.
No entanto, a escassez de camas é notória, sobretudo nos períodos de Inverno, o que faz com que cheguem a estar mais de 60 doentes em macas nas quatro salas do serviço de observação das urgências, numa situação de pré-internamento precária e que pode afetar também o funcionamento da urgência.
Neste âmbito, “a senhora ministra [Marta Temido] também falou disso na recente reunião com os presidentes de câmara. Este hospital tem de crescer no mínimo em mais 80 camas como capacidade de internamento” e este “processo tem de ser aberto rapidamente, porque a população dos cinco concelhos precisa que o hospital seja ampliado”, afirma, em declarações ao Público.
“Penso que nos próximos dois/três anos não vamos conseguir ampliar o hospital”. No entanto, “se daqui a cinco anos pudéssemos ter o hospital ampliado, penso que era um prazo bastante aceitável”, diz Carlos Andrade Costa que reforça a sua intenção em investir neste projeto. “Sabemos que será um projeto arrastado no tempo, complexo, dispendioso, mas essencial”.
SO