19 Set, 2022

80% dos consumidores tencionam manter ou aumentar as despesas com saúde e bem-estar

Mesmo perante a incerteza generalizada e a tensão financeira pessoal, os consumidores consideram a saúde e o bem-estar prioritários, a par da alimentação, revela um estudo.

Apesar da incerteza económica, os consumidores não estão dispostos a reduzir o montante gasto em saúde e bem-estar, de acordo com o mais recente de uma série de estudos que a Accenture (NYSE: ACN) tem vindo a realizar para conhecer as perspetivas e sentimentos dos consumidores desde o início da pandemia.

O inquérito global — com respostas de mais de 11.000 consumidores globais — revelou que mesmo perante a incerteza generalizada e a tensão financeira pessoal, os consumidores consideram a saúde e o bem-estar prioritários, a par da alimentação e dos gastos domésticos. Apesar de dois terços (66%) dos inquiridos afirmarem sentir-se financeiramente pressionados, 80% dos mesmos tencionam manter ou aumentar as suas despesas em áreas relacionadas com saúde e bem-estar – como por exemplo atividade relacionadas com exercício físico – no próximo ano.

Apesar dos tempos difíceis, é evidente que as pessoas redefiniram a saúde e o bem-estar como algo essencial e planeiam manter ou aumentar os seus gastos nesta área, independentemente dos seus níveis de rendimento”, afirma Manuela Vaz, Vice-Presidente da Accenture Portugal, responsável pela área de Retalho, Bens de Consumo e Transportes. “Com o expectável aumento do mercado da saúde e bem-estar para mais de 1 bilião de dólares globalmente em 2025, as empresas que servem diretamente o consumidor têm que alavancar uma visão cross-indústria e os avanços científicos e tecnológicos no desenho das suas ofertas, garantindo que estão permanentemente alinhados com as mudanças de prioridades dos seus consumidores.”

Sofia Marta, Vice-Presidente da Accenture Portugal, responsável pela área de Saúde e Administração Pública, afirma que “o desejo das pessoas em controlar melhor a sua saúde e bem-estar está a aumentar. É fundamental que a indústria da saúde continue a crescer e a estabelecer parcerias com empresas que servem diretamente o consumidor para melhorar o acesso, a experiência e os resultados para as pessoas e a oferecer melhores cuidados de saúde.”

O estudo da Accenture também concluiu que os inquiridos parecem ter uma perspetiva mais holística do bem-estar, enquadrando-o muito mais como um produto de consumo básico. Para além de mais de quatro em 10 inquiridos (42%) afirmarem estar a aumentar a sua atividade física, um terço (33%) dizem estar mais focados em actividades selfcare – como por exemplo tratamentos de beleza  – em comparação com o ano anterior.

Mesmo com o aumento dos custos das viagens, o inquérito mostrou que metade (51%) dos consumidores planeiam manter ou aumentar os seus gastos em viagens de lazer no próximo ano – o que não é surpreendente devido aos reconhecidos benefícios de bem-estar associados às férias. Além disto, dois em cada cinco (39%) dos consumidores com rendimentos elevados reservaram uma viagem nos próximos 12 meses. Entre os millennials, um em cada cinco (21%) reservou um retiro de bem-estar este ano. Finalmente, um terço (33%) dos entrevistados afirmaram estar dispostos a sacrificar produtos domésticos ou eletrónicos não essenciais para que possam viajar.

Manuela Vaz refere que “embora o foco no bem-estar pessoal não seja algo novo, é cada vez mais encarado como essencial e não negociável para os consumidores, mesmo em tempos onde muitos sofrem com pressões financeiras. Há uma grande oportunidade para as empresas ligadas ao turismo, e em geral ás que se servem diretamente o consumidor, para potenciarem muito mais os ecossistemas e comunidades em que se inserem oferecendo experiências diferenciadoras, uma vez que o turismo de bem-estar é, hoje em dia, muito mais do que o destino ou as suas atividades – é uma extensão dos valores e do estilo de vida do viajante.”

Embora o inquérito da Accenture tenha identificado onde e como os consumidores prioritizam os seus gastos, é importante que as empresas compreendam o contexto em que essas decisões de compra são tomadas. Segundo um relatório recente da Accenture, “The Human Paradox: From Customer Centricity to Life Centricity”, está a tornar-se cada vez mais difícil para os consumidores equilibrar o propósito e o sentido prático nas suas compras, com quase dois terços (64%) a desejar que as empresas respondam de forma mais rápida com novas ofertas para corresponder às mudanças das suas necessidades. Só compreendendo esse contexto é que as empresas terão a estratégia certa para oferecer as marcas, produtos e serviços mais relevantes.

Os retalhistas podem gerir o impacto da evolução do comportamento dos consumidores, acompanhando ativamente as tendências de consumo e ao responder-lhes rapidamente”, afirma Manuela Vaz, Vice-Presidente da Accenture Portugal, responsável pela área de Retalho e Bens de Consumo e Transportes. “Apesar dos obstáculos evidentes, os retalhistas sempre foram bons a inovar como resposta a problemas, e a inovação tornar-se-á cada vez mais importante para criar novos níveis de valor, reduzir custos e fazer o que é certo para a sociedade e para o planeta. Isto exige níveis de colaboração, empenho e envolvimento do consumidor extraordinários – mas também inovação tecnológica e empresarial baseada em dados de fontes fidedignas.”

SO/COMUNICADO

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