23 Jan, 2024

Vacinas anti-infeciosas – é tempo de atuar

Neste Allergy & Respiratory Summit 2024 vai haver, também, um espaço dedicado à temática “Vacinas anti-infeciosas – é tempo de atuar”. De acordo com Rui Costa, médico especialista em Medicina Geral e Familiar e um dos coordenadores do evento, a temática da vacinação é de “extrema importância” na atualidade científica e social.

“Conforme constatámos recentemente, a vacinação teve uma relevância enorme no culminar da evolução da pandemia covid-19. A vacinação é uma das intervenções de Saúde Pública mais eficazes, com enorme impacto na saúde e bem-estar da população. É responsável por salvar milhões de vidas todos os anos e melhorar os resultados de saúde da população”, salienta Rui Costa.

O médico de família sublinha ainda que, na atualidade, “existem vacinas de qualidade para adultos, que são eficazes e seguras para prevenir doenças infeciosas passíveis de prevenção como é o caso da covid-19, da gripe, do vírus sincicial respiratório, da tosse convulsa e da doença pneumocócica. Igualmente, existe vacina para a prevenção do Herpes Zoster”.

“A importância desta temática também advém do facto das infeções respiratórias serem extremamente frequentes, tanto em crianças, como em adultos, e representarem um aumento da morbimortalidade e do encargo económico para o sistema de saúde. Sabemos, que os vírus respiratórios podem ter um grande impacto na saúde global e as vacinas também apresentam benefícios ao nível cardiovascular”, afirma.

Ao ser questionado sobre o tema da sessão “Vacinas anti-infeciosas – é tempo de atuar”, Rui costa explica que “é tempo de atuar”, porque existem vacinas disponíveis no mercado, que são eficazes para prevenir doenças que vitimam e incapacitam a população.

“É necessário que os médicos no exercício da sua atividade profissional, conheçam estas vacinas, as recomendem aos seus utentes e reforcem a importância da imunização das pessoas através da prevenção pela vacinação”, observa.

Por esta razão, e de acordo com o orador, “é necessário sensibilizar, educar e esclarecer a população para os benefícios da vacinação, sendo determinante que os médicos tenham um significativo papel no reforço da importância da vacinação”.

“Os Cuidados de Saúde Primários, liderados pelos médicos e coadjuvados pelos enfermeiros e farmacêuticos de ambulatório, são a chave do sucesso da implementação de um programa vacinal adequado e abrangente que proteja a população adulta e em particular as pessoas com comorbilidades, os idosos e os mais vulneráveis”, indica.

E desenvolve: “A não adesão à vacinação contribui para que a imunidade da população contra algumas doenças infeciosas preveníveis pela vacinação esteja em risco. Através da vacinação conseguimos prevenir milhares de mortes e reduzir a gravidade da doença e a descompensação de doenças crónicas.”

Para o orador, na atualidade, as taxas de vacinação contra os agentes patogénicos respiratórios “são inadequadas”, situação que considera “ainda mais preocupante” em pessoas mais velhas ou com doenças crónicas ou imunocomprometidas, para os quais os benefícios da vacinação na redução de hospitalizações e de morte são eminentemente claros e de grande valor.

Durante a sua apresentação, as mensagens que Rui Costa pretende transmitir são: “a prevalência, a gravidade  e a mortalidade de muitas doenças infeciosas é maior nos idosos, nas pessoas com doenças crónicas ou nos imunocomprometidos; adultos com doenças crónicas são mais suscetíveis de desenvolver doenças infeciosas e a ter complicações ou formas graves de doença e são as que mais beneficiam com a vacinação; as vacinas são uma das formas mais seguras para proteger a saúde contra doenças evitáveis ​​por vacina;  os médicos têm um papel motivacional relevante para promover e aumentar as coberturas vacinais; na imunização da população adulta temos disponíveis as vacinas para a covid-19, gripe, vírus sincicial respiratório, doença pneumocócica, herpes zoster, tétano, difteria e tosse convulsa e as vacinas, quando administradas, protegem contra as formas graves de doença e salvam vidas.”

 

SM

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