11 Jan, 2024

Umas Jornadas que sempre foram “com a MGF”

"Estas não são umas jornadas para a MGF, mas sim com a MGF". São as palavras de Carlos Catarino, um dos presidentes das 38.as Jornadas de Cardiologia, Hipertensão e Diabetes, para descrever o evento organizado pelo Instituto de Cardiologia Preventiva de Almada.

Em entrevista, o Cardiologista destaca o espírito de “grande união e colaboração” entre os especialistas das várias áreas para a concretização de uma reunião científica anual, não descurando o papel dos médicos de MGF, “que devem ser sempre a pedra basilar da saúde em Portugal”.

Carlos Catarino refere que as Jornadas terão como principal objetivo abordar “as inovações e os avanços que existem dentro da área da Cardiologia, da hipertensão e da diabetes, e de outras áreas científicas da medicina”, contando com um “programa científico de alto valor”.

Nesse sentido, os participantes fazem parte das mais variadas áreas clínicas. “A maior parte dos colegas presentes são médicos de MGF, mas marcam presença também outras especialidades, desde logo de Cardiologia, Medicina Interna, Pneumologia, Endocrinologia, entre outras. No programa científico há diversos temas que são de outras especialidades que não MGF”, indica.

No que diz respeito às temáticas abordadas, Carlos Catarino salienta a necessidade de atualização constante na área da hipertensão e diabetes. “Entre os fatores de risco para a doença cardiovascular, a hipertensão e a diabetes têm um peso enorme. Além disso, a insuficiência cardíaca também continua a ter um grande peso nas nossas jornadas dado que é uma doença com prevalência elevada e com implicações graves na saúde das pessoas, sendo uma causa de morte muito comum. Felizmente têm surgido avanços consideráveis “, destaca.

Durante o evento são lecionados minicursos sobre as temáticas em destaque e o clínico indica que existe ainda espaço para o aprofundamento de outros temas científicos, bem como para “dicas breves em que, de forma muito simples e sintética, abordamos temas comuns na prática clínica e que às vezes levantam alguns problemas de abordagem”. “A parte que considero sempre nobre nestas jornadas são as comunicações orais, onde os colegas apresentam e discutem casos clínicos e outros temas científicos entre todos os presentes”, destaca ainda o responsável.

O fim das Jornadas será marcado por uma sessão de encerramento, em que são atribuídos prémios às melhores comunicações orais. “Os prémios têm o nome do Dr. Mário Moura, uma figura conhecida na saúde em Portugal e um colega ilustre da MGF, que muitos nos honrou ao longo dos anos com a sua presença”. “As nossas jornadas continuam a ser um marco de estreita colaboração entre as especialidades hospitalares e a MGF. É sempre bom que surja, entre a comunidade médica, um espaço de discussão de temas científicos para o bem dos nossos doentes”, conclui.

CG

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