Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram às 00:00 de hoje uma greve em protesto contra questões salariais e contra a contagem de anos de serviço para efeitos de progressão na carreira, depois de terem estado paralisados no mês passado.

Para além destes dois dias de paralisação total, os técnicos farão também greve às horas extraordinárias a partir de dia 1 de julho. Pretendem um ajuste da tabela salarial, a transição para novas carreiras e o descongelamento de escalões.

A adesão está nos 90% em termos nacionais, um valor superior ao de ontem. O dirigente sindical notou ainda como um “sinal positivo” do Governo a convocatória recebida pelos sindicatos para uma reunião negocial no Ministério da Saúde na próxima segunda-feira.

Segundo o secretário-geral do SINTAP, José Abraão, a adesão à greve está entre os 80 e os 90%, esperando-se uma grande participação na manifestação de hoje à tarde por causa do descontentamento destes profissionais.

Os Técnicos Superiores das áreas de Diagnóstico e Terapêutica (TSDTs) mantêm a greve para 24 e 25 de maio, e manifestam-se amanhã, dia 24, em Lisboa, num desfile do Marquês de Pombal até à Assembleia da República. Os TDSTs assinaram ontem um acordo parcial com o Governo, mas isso não impede a paralisação.

Está confirmada mais uma greve este mês na saúde. Estruturas sindicais estiveram reunidas com o Ministério da Saúde mas não houve acordo em relação às tabelas salariais, carreira e sistema de avaliação.

A greve, que dura há 18 dias, tem causado efeitos sobretudo no adiamento de exames de rotina e, também nas consultas externas. O protesto vai continuar até pelo menos uma calendarização do processo negocial firmado com o Ministério da Saúde.

Dezenas de técnicos de diagnostico e terapêutica estão a manifestar-se em frente ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, há oito dias, tendo já afetado 100 mil utentes.

A greve será suspensa a partir das 16:00 horas, uma vez que foram aprovados os diplomas que estabelecem as novas carreiras para estes profissionais