Sindicatos dos enfermeiros anunciam hoje novas formas de luta
Seis sindicatos justificam o anúncio de "formas de luta" com o argumento de que o Ministério da Saúde "não cumpre compromisso, não envia contraproposta de carreira de enfermagem".
Seis sindicatos justificam o anúncio de "formas de luta" com o argumento de que o Ministério da Saúde "não cumpre compromisso, não envia contraproposta de carreira de enfermagem".
Quase todos os hospitais construíram escalas de 40 horas, desrespeitando a lei. Ministério das Finanças ainda não autorizou a contratação dos cerca de 2 mil profissionais anunciados mas hospitais podem contratar de imediato através das bolsas de recrutamento.
Sindicatos têm alertado a tutela há já alguns meses para a possibilidade de alguns hospitais terem de fechar serviços por falta de pessoal. Entre enfermeiros e assistentes operacionais, faltam 5 mil profissionais mas o ministério das Finanças continua a bloquear contratações.
Os números a que a Ordem dos Enfermeiros se reporta indicam que em 2010 havia 40.436 enfermeiros no sistema público e que atualmente há 43.687. A esmagadora maioria de novas entradas de profissionais ocorreu entre 2015 e 2018. Ana Rita Cavaco recordou que as necessidades apontam para uma contratação de três mil profissionais por ano.
Os enfermeiros vão manifestar-se no dia 19 junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, numa concentração convocada pelo Movimento Nacional de Enfermeiros e apoiada por sindicatos e Ordem, disse à agência Lusa um dos coordenadores.
Hospitais em causa são o São João e o Santo António, no Porto, e o Pedro Hispano (em Matosinhos). As “horas em débito” aos enfermeiros vão “aumentar” ainda mais com a entrada do “período de férias” e com os profissionais com “contrato individual de trabalho a passarem de 40 para 35 horas semanais” a partir de 1 de julho próximo.
O suplemento só será atribuído aos enfermeiros que, detentores do título de enfermeiro especialista, estejam a exercer as respetivas funções.
Em causa está uma dívida de 4,5 milhões de euros, relativa ao período entre 2008 e 2013 e que está relacionada com a contagem do tempo de serviço.
Relatório da Ordem dos Enfermeiros aponta para uma poupança anual na ordem dos 80 milhões de euros e defende a criação de um internato de especialização em enfermagem.
Um novo estudo analisou as perceções que os enfermeiros têm quanto à saúde mental.