25 Mar, 2020

Sindicato dos Médicos diz que faltam meios de proteção no hospital prisional

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) denuncia a falta material de proteção no Hospital Prisional de São João de Deus, em Caxias.

Na carta, enviada à agência Lusa, o SIM diz saber que “existe grande carência de material de proteção” para os profissionais de sáude e que as máscaras com viseira e luvas que há no hospital “são desadequadas” e que “não há praticamente soluções antisséticas de base alcoólica (SABA), nomeadamente junto do registo biométrico”.

“Sendo um local de risco acrescido e com o disparar de casos positivos e suspeitos de médicos e enfermeiros, urge conter a propagação munindo os profissionais de saúde dos equipamentos de proteção individual (EPI) adequados”, sublinha o médico.

O plano de contingência da pandemia por covid-19 refere que está reservada uma enfermaria do hospital prisão para os reclusos que possam ser infetados pelo novo coronavírus.

Segundo a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) já foram distribuídos “por todos os serviços clínicos dos Estabelecimentos Prisionais “Kit” de Equipamentos de Proteção Individual” e na segunda-feira ficou concluído “o este processo de recolha das máscaras existentes no sistema prisional e a sua redistribuição pelas unidades orgânicas”.

Segundo o sindicato, no hospital prisional de Caxias “continua-se a dizer não ser necessário andar de máscara, exceto no contacto direto com os doentes”, mesmo depois dos “conselhos internacionais, de demais colegas, e da possibilidade de transmissão por casos assintomáticos”.

Por tudo isto, lê-se na carta enviada à ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, o SIM “exige medidas concretas” e apela a entidades e instituições, como a Câmara Municipal de Oeiras, que ajude a proteger a população e os profissionais de saúde.

As últimas estatísticas da DGRSP apontam para a existência de 11.863 detidos a 15 de março.

SO/LUSA

Print Friendly, PDF & Email
ler mais
Print Friendly, PDF & Email
ler mais