28 Ago, 2019

SIM: “Governo insiste em não tomar medidas que tornem o SNS atrativo”

O Sindicato Independente dos Médicos considera que as vagas que ficaram por preencher são um dos sinais da “falta de atratividade” do SNS.

Segundo dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a que a Lusa teve hoje acesso, mais de 350 vagas para médicos que terminaram a especialidade nas áreas de medicina geral e familiar, saúde pública e hospitalar ficaram por preencher no concurso de primeira época deste ano para médicos recém-especialistas, que disponibilizava 1.264 postos de trabalho.

Em comunicado, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) refere que apesar dos seus “inúmeros alertas”, o “Governo persiste em não tomar qualquer medida que torne o SNS atrativo face ao setor privado e aos restantes países onde os médicos portugueses são bem recebidos”.

Para a instituição sindical, a degradação das condições de trabalho justifica em “grande medida a baixa atratividade do SNS face ao setor privado”.

No entanto, de acordo com o SIM, não este não é o único fator que leva os médicos a optarem por não concorrerem aos concursos públicos. Outro “fator relevante” prende-se com as baixas remunerações do Serviço Nacional de Saúde face ao setor privado, conforme alerta da Comissão Europeia e Organização Mundial de Saúde (OMS).

No comunicado do sindicato, publicado no seu site, que “qualquer medida administrativa que obrigue os médicos a permanecer no SNS só agravará o problema, porquanto os problemas de fundo de baixo investimento na saúde, más condições de trabalho e piores condições remuneratórias não sejam resolvidas”.

Os dados da ACSS referem que no concurso foram preenchidas um total de 909 vagas de um total de 1.264. Segundo os dados divulgados, foram ocupadas 77% das vagas identificadas para todas as especialidades (hospitalares, saúde pública e medicina geral e familiar).

EQ (com Lusa)

 

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Mais de 350 vagas para médicos recém-especialistas ficaram por preencher
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