19 Abr, 2022

Risco de embolia pulmonar e trombose venosa aumenta após infeção por SARS-CoV-2

Estudo indica que os riscos são mais significativos em pessoas infetadas na primeira vaga da pandemia ou que tiveram sintomas mais graves de Covid-19.

Existe um risco acrescido de desenvolvimento de coágulos de sangue nos pulmões (embolia pulmonar) e na perna (o que pode originar trombose venosa profunda), até seis meses após uma infeção por SARS-CoV-2. É o que indica um novo estudo publicado esta quarta-feira no British Medical Journal.

O risco de eventos como estes aumentam significativamente após a infeção: é cinco vezes maior no caso da trombose venosa profunda e 33 vezes superior no caso da embolia pulmonar. A descoberta indica que os riscos são mais significativos em pessoas infetadas na primeira vaga da pandemia ou que tiveram sintomas mais graves de Covid-19 (sobretudo se necessitaram de tratamento hospitalar). No entanto, “mesmo aquelas pessoas com sintomas leves que não precisaram de ser hospitalizadas podem ter um pequeno aumento no risco de [coágulos sanguíneos]”, salienta o Frederick Ho, professor de saúde pública da Universidade de Glasgow.

Segundo o Guardian, estas conclusões podem ajudar a explicar a duplicação da incidência e mortes por coágulos sanguíneos em Inglaterra desde o início da pandemia em comparação com os mesmos períodos de 2018 e 2019.

O estudo foi desenvolvido utilizando os registos nacionais suecos que permitiram seguir cerca de um milhão de pessoas com infeção confirmada entre os dias 1 de fevereiro de 2020 e 25 de maio de 2021. Os participantes foram divididos por idade, sexo e município de residência e comparados com mais de quatro milhões de pessoas que não testaram positivo ao coronavírus.

Os investigadores lembram a importância da vacinação na prevenção de complicações que podem estar associadas à Covid-19 e lembram que o risco de formação de coágulos associado à infeção é muito maior do que o associado às vacinas.

SO

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