2 Dez, 2021

Qual é o peso dos alimentos ultraprocessados no risco de eventos cardiovasculares?

Especialistas reforçam que uma dieta equilibrada com alimentos naturais e pouco processados deve ser priorizada.

Alimentos ultraprocessados aumentam o risco de um segundo enfarte agudo do miocárdio (EAM) ou acidente vascular cerebral (AVC), os quais podem ser fatais. A análise que explora os efeitos deste tipo de produtos alimentares na saúde de pessoas que já sofreram eventos cardiovasculares (CV) foi publicada no European Heart Journal.

De acordo com a equipa de investigação, foram selecionadas 1171 pessoas que participarem no projeto epidemiológico Moli-sani, as quais foram acompanhadas por mais de dez anos. Todos eles já tinham um diagnóstico prévio de um evento CV.

Em relação à sua dieta, os investigadores concentraram-se no consumo de alimentos ultraprocessados, feitos parcial ou totalmente com proteínas hidrolisadas, maltodextrinas e gorduras hidrogenadas, os quais geralmente contêm vários aditivos, como corantes, conservantes, antioxidantes, agentes antiaglomerantes, intensificadores de sabor e adoçantes. Os alimentos associados foram classificados pelo sistema NOVA, o qual divide os alimentos de acordo com o grau de processamento e não com o respetivo valor nutricional.

“Vimos que as pessoas com maior consumo de alimentos ultraprocessados apresentam um risco dois terços aumentado de desenvolverem um segundo EAM ou acidente vascular cerebral (AVC) em comparação com aqueles que consomem menos este tipo de alimentos”, disse a primeira autora do estudo, Marialaura Bonaccio.

Segundo acrescenta, “mesmo que um alimento seja nutricionalmente equilibrado, ele ainda pode ser considerado ultraprocessado. Uma dieta baseada no consumo de produtos frescos e minimamente processados deve ser sempre priorizada”.

Consulte a investigação aqui.

SO

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