11 Ago, 2021

Projeto C2F quer melhorar a identificação e tratamento de pessoas com fragilidade óssea

A formação para profissionais de saúde arrancou em junho. Próximo passo é propor aos hospitais do SNS a criação de consultas de Fraturas de Fragilidade.

A Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia (APPSreuma) criou o Projeto C2F, um curso sobre Consultas de Fraturas de Fragilidade Óssea, com o objetivo de educar os profissionais de saúde sobre a identificação, referenciação e tratamento de todos os doentes que sofrem fraturas de fragilidade.

A formação iniciou-se a 2 de junho de 2021 e vai avançar para uma fase de desenvolvimento e implementação futura de uma proposta de criação de consulta de fraturas de fragilidade para contribuir para a melhoria de cuidados no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O curso conta com a parceria do Colégio Especialidade de Enfermagem de Reabilitação da Ordem dos Enfermeiros, a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR), a Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas (LPCDR), e a Associação de Enfermeiros Portugueses de Ortopedia e Traumatologia (AEPOT), e tem o apoio da Amgen Biofarmacêutica.

“As fraturas osteoporóticas constituem um importante problema de saúde pública a que importa dar resposta” explica a Enfª Andréa Marques, presidente da APPSreuma, referindo ainda que “os custos médios de uma fratura da anca em Portugal, no primeiro ano, são de 13.434€1. Neste sentido, este é mais um passo dado para que estes profissionais de saúde possam melhorar a qualidade de vida dos doentes de fraturas de fragilidade, enquanto ao mesmo tempo diminuem os encargos económicos que uma fratura destas pode ter para o utente e também para o Sistema Nacional de Saúde.”.

O curso, composto por dez módulos, incluiu temas sobre as fraturas de fragilidade e a sua problemática, sobre a osteoporose e o seu impacto, sobre a importância da manutenção dos doentes em consultas de seguimento e sobre o processo de implementação de uma consulta de fraturas de fragilidade. Com 46 participantes, identificados pelos diretores de 29 hospitais a nível nacional, foi possível promover um espaço de discussão e aprendizagem para identificar os principais obstáculos que poderão surgir e perceber como será possível ultrapassá-los”.

“O curso sobre Consultas de Fraturas de Fragilidade Óssea prepara os Profissionais de Saúde para a implementação de uma consulta no seu local de trabalho, contribuindo para a resolução do problema de saúde pública das fraturas osteoporóticas e ajudando na crescente necessidade de instituir mais consultas ao longo do país. O que se espera, nas próximas fases, é uma consultoria mais individualizada com cada colega de cada hospital, para um efetivo acompanhamento do desenvolvimento das suas propostas”, reforça a Enfª Andréa Marques.

O próximo passo, para Outubro, é que os vários serviços proponham a implementação da sua Consulta de Fraturas de Fragilidade.

COMUNICADO

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