19 Mar, 2024

“Procuramos incluir temas de várias áreas da nossa prática clínica, com uma abordagem prática”

Médico de família e um dos presidentes destas jornadas multidisciplinares, Manuel Viana fala do programa científico das mesmas, do seu objetivo e critérios de construção.

“Tratando-se de Jornadas multidisciplinares e, como o próprio nome indica, procuramos incluir temas de várias áreas da nossa prática clínica, com uma abordagem eminentemente prática, baseada em casos clínicos, com mensagens finais e tentando não repetir os assuntos abordados em edições anteriores – já vamos nas sextas Jornadas!”, explica Manuel Viana, acrescentando que a organização tentou ainda incluir temas não muito debatidos em outras formações da área da Medicina Geral e Familiar e em que são sentidas necessidades formativas particulares.

O presidente explica o conceito: Estas Jornadas de médicos de família para médicos de família. Nas várias sessões procuramos, sempre que possível, incluir especialistas das áreas em debate, que, obviamente, tem uma visão mais aprofundada do tema, mas também um médico de família que não sabe tanto dessa área, mas tem uma visão diferente e mais holística. Deste modo contribuímos para criar pontes entre as várias especialidades, para uma abordagem mais integrada e centrada no doente, para bem deste e para a satisfação profissional de todos nós.”

De entre as várias temáticas a abordar durante os três dias de jornadas, Manuel Viana destaca duas, “pelo simples facto de participar ativamente” nessas duas sessões: “’Guidelines da HTA 2023: Highlights para a prática clínica’, em que será resumido o que de mais importante há de novo nesta área da hipertensão – que é o fator de risco mais importante para a morbimortalidade cardiovascular, nomeadamente para o AVC.”

De acordo com o médico de família, estas guidelines trazem, como novidade, em relação ao doente idoso/muito idoso, a necessidade de avaliar previamente o nível de fragilidade/funcionalidade, com instrumentos simples e práticos, para melhor personalizar e adaptar as estratégias terapêuticas e de abordagem.

“Ressalto também a sessão sobre insuficiência renal, em que nós médicos de família, temos dúvidas em como rastrear, diagnosticar, quando referenciar, como tratar, suplementar e monitorizar”, explica.

E conclui: “Procuramos que todos os temas reflitam as reais necessidades da comunidade dos Internos e Especialistas de Medicina Geral e Familiar.”

Por essa razão, nas VI Jornadas Multidisciplinares de MGF, criadas também pelos médicos de família Rui Costa e Paulo Pessanha, vão ser abordados temas “tão variados” como: Saúde Mental; Neurologia; doenças respiratórias; sessões de casos clínicos flash sobre: urgências em Dermatologia, as primeiras consultas abertas do bebé, doença renal crónica, cancro da próstata, mitos e factos sobre a Vitamina D e corticoterapia oral. Vão ser ainda realizados dois cursos sobre obesidade e lípidos e seis sessões patrocinadas.

 

SM

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