Patologias renegadas: prurido anal
Diretora do Serviço de Dermatologia Centro Hospitalar de Leiria

Patologias renegadas: prurido anal

O prurido anal ou perianal ocorre em 1-5% da população.

É mais frequente no sexo masculino. É uma situação habitualmente crónica e com impacto na qualidade de vida.

Pode ser primário/idiopático ou secundário, sendo o primário muito mais frequente podendo corresponder a 25-95% dos casos.

Queixas de prurido, ardor, sensação de queimadura levam à coceira, iniciando o ciclo de prurido – coceira – prurido.

Importante é a história clínica, incluindo a dieta, os hábitos intestinais e a medicação, bem como a observação para despiste de potencias situações causadoras da doença.

As causas do prurido secundário vão desde infeções, quer fúngicas, ou infeções sexualmente transmitidas, á doença anorectal como as fissuras, fistulas, prolapso, doenças inflamatórias intestinais, a doenças neoplásicas, inflamatórias como a psoríase, o líquen esclero atrófico, ou doença sistémica com prurido generalizado e atingimento também da zona anal.

O tratamento passa por cuidados gerais de alimentação, limpeza local, aplicação de emolientes e cremes de barreira.

A aplicação de corticoide tópico de baixa ou média potência por curtos períodos. Também a aplicação de tacrolimus e capsaicina tópica é opção para alguns casos.

Tratamentos sistémicos, como anti-histamínicos, antidepressivos, pregabalina, são opções com resultados variáveis.

Novos medicamentos, como IL 4-13, inibidores da Jak Stat, nomeadamente os inibidores da JAK Stat tópicos podem vir a ter interesse nalguns casos.

 

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