16 Mar, 2020

Número de casos de Covid-19 deve aumentar até final de abril

A ministra da Saúde diz que, com dados disponíveis à data, é previsível que a curva epidemiológica "aumente pelo menos até ao final de abril".

Na habitual conferência de imprensa para balanço sobre a Covid-19, Marta Temido deu ainda conta de que há “18 casos internados em unidade de cuidados intensivos e oito desses casos são críticos”.

Relativamente a estas pessoas que estão internadas nos cuidados intensivos, a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, que também participou nesta conferência, adiantou que a maioria são idosas ou “com patologias associadas”, o que corresponde ao padrão expectável.

“Com dados que dispomos à data é previsível que a curva epidemiológica aumente, pelo menos, até ao final de abril. Até lá, o comportamento da curva dependerá também do nosso comportamento individual”, disse, por sua vez, a ministra da Saúde, Marta Temido.

Depois desta fase que, neste momento, se estima se situe no final de abril, a ministra da Saúde advertiu que haverá “ainda casos de doença”. “Temos que nos preparar para este cenário e para esta realidade que é provavelmente a realidade que nos espera”, pediu.

Sobre segunda-feira, que “é um dia em que muitos setores de atividade vão trabalhar”, Marta Temido avisou que é “importante que esse trabalho aconteça disciplinadamente”.

“A melhor forma de nos ajudarmos uns aos outros é garantir que aquilo que não atividades imprescindíveis são temporariamente suspensas, adiadas e aquilo que são atividades em nome do bem comum, do interesse comum do normal funcionamento da sociedade, continue”, pediu.

Na perspetiva da governante, “é com muita emoção e solidariedade” que se assiste a manifestações que ainda no sábado à noite se fizeram sentir “de apoio aos profissionais de saúde”.

“Eles são o melhor do sistema de saúde e merecem todo o nosso apoio”, enalteceu, garantindo que o Governo tudo fará para os proteger.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.000 mortos em todo o mundo.

SO/LUSA

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