Monkeypox: Transmissão por via sexual é uma hipótese, indica OMS
A infeção por Monkeypox foi detetada, pela primeira vez, no Reino Unido, em 7 de maio deste ano, tendo já chegado a 99 países.
A presença de fragmentos do vírus Monkeypox (VMPX) no sémen de quatro doentes em Itália e dois na Alemanha alertou a comunidade científica para uma nova via de transmissão: a sexual.
Contudo, ainda são necessários mais estudos para confirmar esta hipótese, segundo o jornal Público. “Pode haver um contributo para a infeção a partir do contacto com sémen, mas não sabemos disso até ao momento”, declarou Rosamund Lewis, epidemiologista e responsável técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para este vírus.
O maior estudo realizado desde que o vírus foi identificado há 3 meses indicava, em julho, que em 95% dos casos, a principal suspeita de transmissão era o contacto próximo e que ainda não era possível confirmar uma potencial transmissão sexual.
Mas já em agosto um outro trabalho científico levado a cabo pelo instituto italiano Lazzaro Spallanzani conseguiu cultivar o vírus vivo a partir de uma amostra de sémen. De acordo com o artigo publicado na revista científica The Lancet Infectious Diseases, reforçou-se a ideia de que a transmissão sexual “pode ser uma via viável e reconhecida, especialmente no atual surto”.
Para já, a OMS prefere aguardar por mais estudos que comprovem esta possível via de transmissão.
Em Portugal, de acordo com a Direção-Geral da Saúde, os últimos dados (de 1 de setembro) apontavam para 871 casos, mais 25 do que os da semana anterior. É o número mais baixo de casos confirmados em território português desde o final de junho.
O declínio no número de novas infeções é transversal a todos os países europeus, apesar de contrastar com o aumento no continente americano (sobretudo nos EUA e no Brasil).
A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a mais afetada, com 78,5% dos casos e até 28 de agosto já tinham sido vacinados 338 contactos de risco.
SO/PÚBLICO
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