Médicos portugueses realizam 70 cirurgias e uma centena de consultas em São Tomé

Médicos portugueses de cirurgia geral concluíram este sábado 15 dias de missão em São Tomé, tendo efetuado pelo menos 70 cirurgias e cerca de uma centena de consultas, disse à imprensa o chefe da equipa médica

Segundo o cirurgião Santos Silva, a equipa, que se deslocou ao arquipélago no âmbito do Programa Saúde para Todos, elogiou a prestação dos técnicos são-tomenses da saúde que considera estarem a um nível superior a alguns países da áfrica lusófona.

“Encontrei pessoas que merecem ser tratadas e, por outro lado, encontrei enfermeiros e técnicos que já vão sendo pessoas que não se pode considerar nem de perto nem de longe do terceiro mundo, porque são pessoas altamente qualificadas”, disse o médico-cirurgião Santos Silva.

O médico acrescentou que foram duas semanas marcadas por consultas e cirurgias, algumas delas de alto, que exigiram cuidados acrescidos e que o médico Santos Silva considera ter sido possível resolver graças ao apoio dos quadros nacionais.

“Só assim foi possível fazer e levar a cabo uma cirurgia que fizemos de tórax aberto a um rapaz”, vítima da queda de um ramo de árvore sobre si, que lhe fraturou as clavículas e as costelas todas do lado direito, explicou Santos Silva.

“Abrimos o abdómen no tórax, chegamos a parte inferior do pulmão, fizemos a fixação de costela, que é uma cirurgia de alto risco em qualquer sítio e se os louros, se é que os há, recaem se calhar uma parte sobre mim mas grande parte no pessoal que me apoiou”, acrescentou.

Entre os meses de janeiro e agosto já estiveram em São Tomé 14 missões em diferentes especialidades do Programa Saúde para Todos. O responsável pela missão de cirurgia geral considera que no âmbito das condições de assistência médica o país está a dar passos necessários.

“A engrenagem está a começar a funcionar, já estive em vários países africanos nomeadamente na Guiné-Bissau, Angola e outros países e não é por acaso que São Tomé e Príncipe tem uma sobrevida superior a todos esses países”, concluiu.

Santos Silva, coadjuvado pelo médico António Ferreira, disse que o resultado da missão foi “deveras positivo”, sublinhando que “realmente os cuidados de saúde começam a ser relevantes” e que “dá gosto trabalhar aqui (em São Tomé) porque a gente começa a ver os resultados”.

LUSA/SO/SF

 

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