3 Jan, 2020

Médico agredido exige medidas e desafia Marta Temido a ir ao terreno

O médico Vítor Silva Santos diz que "há medidas que não são caras para pôr cobro a isto [violência]".

A ministra da Saúde tem de dar uma resposta rápida e eficaz aos episódios de violência contra médicos do SNS, defende Vítor Silva Santos, o clínico que foi agredido por um doente no último dia do ano no Centro de Saúde de Moscavide, em declarações ao “Jornal de Notícias” esta sexta-feira.

Segundo o médico, “os doentes estão a responder cada vez mais de forma mais violenta às esperas ou a fechos de atendimentos complementares a partir de determinada hora, como aconteceu contra uma funcionária em Moscavide, no dia 27, pelas 19h15 horas”.

“Há medidas que não são caras para pôr cobro a isto. Se há algo que a ministra [da Saúde], ou os secretários de Estado [da Saúde], podem fazer é ir aos sítios e perceber porque episódios destes acontecem. Ali, além da configuração das salas, que me impediram de fugir, porque os médicos têm que passar pelos doentes, os telefones não funcionam há bastante tempo. Nem uma chamada eu poderia ter feito”, disse.

Ao “JN”, Vítor Silva Santos lembrou os “10 minutos de terror” a que foi submetido pelo jovem de 21 anos, que lhe foi pedir uma renovação da baixa, e a namorada.

“Disse-me que estava pior, mas a verdade é que não tinha comprado nem tomado nenhum dos medicamentos prescritos pelos colegas”, contou. A companheira do jovem, que ajudou o agressor a socar e a pontapear o clínico de 65 anos, invocou falta de dinheiro para que o agressor não tenha comprado os medicamentos.

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